Só de Benghazi, a segunda maior cidade, fugiram cerca de 90 mil pessoas nos últimos meses, indica um relatório da Amnistia Internacional.
Quatro anos depois da revolução que destronou e matou Khadafi, a Líbia ainda é um país ainda envolto em caos e violência, principalmente a cidade de Benghazi.
A Amnistia Internacional (AI) esteve no terreno e elaborou agora um relatório sobre o que se vive na segunda cidade do país, de onde, nos últimos meses, fugiram 90 mil pessoas.
A directora executiva da AI em Portugal, Teresa Pina, revela a principal conclusão deste trabalho: "Quatro anos depois da queda do regime de Khadaffi, é um país que continua à beira do colapso".
"Existem duas facções que lutam pelo poder. Benghazi, que é a segunda cidade, vive neste momento o pior dos cenários da violência. Há batalhas de rua praticamente diárias, com assassínios, execuções sumárias, raptos e tortura, que se tornaram rotina. Cerca de 90 mil pessoas deixaram a cidade de Benghazi só nos últimos meses", adianta a reponsável da AI.
A organização estima que a Líbia é hoje um país com 400 mil deslocados internos.