Europa e a vitória do Syriza. Desconfiança, parabéns, avisos e silêncio
26 jan, 2015
As atenções viram-se esta segunda-feira para Bruxelas, onde se reúnem os ministros das Finanças da zona euro. A Grécia será mesmo o tema central de um encontro que se espera curto.
As reacções à vitória do Syriza nas eleições legislativas gregas dividem-se entre a desconfiança, felicitações, avisos e silêncio.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, avisa que as eleições na Grécia vêm “aumentar a incerteza” na economia europeia
“É por isso que o Reino Unido tem de se manter fiel ao seu plano, garantindo segurança dentro de casa”, escreveu David Cameron na rede social Twitter, depois do anúncio da vitória do partido anti-austeridade Syriza.
Já o governador do banco central alemão, Jens Weidmann, disse que a Grécia tem de cumprir as condições do resgate da troika.
O Presidente francês, François Hollande, enviou uma mensagem de parabéns a Alexis Tsipras pelo triunfo do Syriza e prometeu em conjunto para apoiar o crescimento e estabilidade na zona euro.
François Hollande manifestou “o desejo de levar a cabo uma cooperação próxima entre os dois países ao serviço do crescimento e estabilidade na zona euro, num espírito de progresso, solidariedade e responsabilidade”.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, também congratulou o Syriza pela vitória nas legislativas gregas, que ficou a dois deputados da maioria absoluta.
Esta segunda-feira, as atenções viram-se para Bruxelas onde se reúnem os ministros das Finanças da zona euro. A Grécia será mesmo o tema central de um encontro que se espera curto.
A questão da reestruturação da dívida e o fim da austeridade, defendidos pelo Syriza, preocupam os governos europeus. Para reestruturar a dívida, o futuro governo grego deverá negociar com os parceiros europeus, mas ainda ninguém sabe muito bem como isso se irá processar.
Até ao momento, a Comissão Europeia ainda não reagiu à vitória do Syriza. Nas últimas semanas tinha vindo a dizer que continuaria a apoiar a Grécia, mas Atenas deve respeitar os compromissos assumidos.