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EUA repetem que a culpa do ataque cibernético é da Coreia do Norte

20 dez, 2014

Sony adiou estreia do filme que Pyongyang não gostou.

Os Estados Unidos mantêm a teoria de que a Coreia do Norte esteve por detrás do ciberataque à empresa Sony Pictures. A posição foi reafirmada à Reuters por um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

Questionado sobre o comunicado da Coreia do Norte, que nega qualquer interferência, o porta-voz Mark Stroh reafirmou que “tal como o FBI tornou claro, estamos confiantes que o governo de Pyongyang é responsável por este ataque destrutivo. Mantemos esta conclusão”.

Mark Stroh lembra que “o Governo da Coreia do Norte tem um longo historial de negar responsabilidades por acções destrutivas e provocatórias”.

“Se o Governo da Coreia do Norte quer ajudar, pode admitir a sua culpa e compensar a Sony pelos estragos que o ataque causou”, acrescentou.

O ataque informático foi desencadeado por causa do filme “The Interview”, “Uma entrevista de loucos” na versão portuguesa.

O argumento do filme, que conta com James Franco e Seth Rogen nos principais papéis, enfureceu o regime da Coreia do Norte, que ameaça "retaliar sem piedade" se o Governo norte-americano nada fizer para impedir o lançamento.

O aviso foi divulgado na última semana pela agência estatal norte-coreana, KCNA, que cita um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, segundo o qual a estreia significaria um "acto de guerra" contra o seu país.

“Uma entrevista de loucos” deveria chegar aos cinemas norte-americanos no dia de Natal, mas a Sony  adiou a estreia devido a ameaças dos “hackers” de que iriam divulgar mais informação roubada.

O filme é uma sátira ao regime de Pyongyang. Dois norte-americanos vão à Coreia do Norte entrevistar o líder Kim Jong-un e são contratados pela CIA para assassinar o ditador.