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O filme que enfureceu o ditador

19 dez, 2014

"Uma entrevista de loucos" é uma sátira de Hollywood ao regime da Coreia do Norte. E o regime de Pyongyang não gostou.

O filme que enfureceu o ditador

O Presidente norte-americano responsabiliza a Coreia do Norte pelo ataque informático contra a Sony Pictures, por causa do filme “Uma entrevista de loucos”.

“Não temos qualquer indicação de que a Coreia do Norte tenha actuado em conjunto com outro país”, declarou Barack Obama na conferência de imprensa de final de ano.

De acordo com o FBI, a agência federal de investigação dos Estados Unidos, o regime norte-coreano está por trás do ataque informático de Novembro contra a Sony Pictures.

O programa malicioso utilizado pelos piratas para roubar informação dos servidores da produtora tem ligações à Coreia do Norte, de acordo com o FBI.

O ataque informático foi desencadeado por causa do filme “The Interview”, “Uma entrevista de loucos” na versão portuguesa.

O argumento do filme, que conta com James Franco e Seth Rogen nos principais papéis, enfureceu o regime da Coreia do Norte, que ameaça "retaliar sem piedade" se o Governo norte-americano nada fizer para impedir o lançamento.

O aviso foi divulgado na última semana pela agência estatal norte-coreana, KCNA, que cita um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, segundo o qual a estreia significaria um "acto de guerra" contra o seu país.

“Uma entrevista de loucos” deveria chegar aos cinemas norte-americanos no dia de Natal, mas a Sony  adiou a estreia devido a ameaças dos “hackers” de que iriam divulgar mais informação roubada.

George Clooney lamentou que a estreia do filme tivesse sido suspensa. O actor criticou a indústria cinematográfica de Hollywood por não manifestar apoio à Sony Pictures.

O filme é uma sátira ao regime de Pyongyang. Dois norte-americanos vão à Coreia do Norte entrevistar o líder Kim Jong-un e são contratados pela CIA para assassinar o ditador.