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Cidadão que insultou Cavaco viveu "um pesadelo" e está satisfeito com decisão

19 dez, 2014

Presidente da República pediu à Procuradoria-Geral da República para "não prosseguir" o processo criminal contra o homem, de 27 anos, que o insultou em Elvas há um ano.

Cidadão que insultou Cavaco viveu "um pesadelo" e está satisfeito com decisão
O homem que insultou o Presidente da República em Elvas, em 2013, está "muito satisfeito" com a decisão de Cavaco Silva de informar a Procuradoria-Geral da República que "não deseja que prossiga" o processo criminal.

"Acima de tudo, e porque estamos numa quadra que também é propícia à amizade e à tranquilidade, é uma notícia que me assenta muito bem e que de alguma maneira faz justiça ao que eu tenho vindo a passar ao ser exposto de uma forma menos positiva", disse Carlos Costal, em declarações à agência Lusa.

"Estou muito satisfeito com a tomada de posição do Presidente da República. Não esperava outra coisa da sua pessoa porque isto não passou de um mal-entendido e de um mau processo porque não tinha fundamento nenhum", acrescentou.

Carlos Costal, de 27 anos, confessou que tem vivido ao longo dos tempos "um pesadelo" e que espera, agora, que a Procuradoria-Geral da República não prossiga com o processo criminal.

Fonte oficial do Palácio de Belém disse que "o Presidente da República informou a Procuradora-Geral da República não desejar o prosseguimento do processo-crime contra o cidadão Carlos Gabriel Remédios Costal, instaurado em 2013 pelo Ministério Público, por ter difamado e ofendido a honra do chefe do Estado".

Carlos foi detido pela PSP no dia 9 de Junho de 2013 por injúrias ao Presidente da República, quando o Chefe de Estado visitava os militares instalados na Mata do Emigrante, no centro da cidade de Elvas, para participarem nas cerimónias oficiais do 10 de Junho.

Depois foi condenado, em processo sumário, a 200 dias de multa, à taxa de 6,50 euros por dia, depois de o Tribunal de Elvas ter dado como provado que o arguido cometeu um crime de difamação, mas, depois, a PGR explicou que este tipo de crime não poderia ser julgado daquela forma processual (processo sumário).

Carlos Costal chegou a escrever a Cavaco Silva pedindo a desistência da queixa e alegando sentir-se "injustiçado", mas sem nunca pedir desculpa ao chefe do Estado.