Sindicatos da TAP ponderam contestar judicialmente a requisição civil
19 dez, 2014
Os sindicatos vão reunir-se com o Governo esta sexta-feira, em sede do Tribunal Arbitral, para decretar os serviços mínimos durante a greve.
Os sindicatos que representam os trabalhadores da TAP estão a analisar a possibilidade de contestar em tribunal a requisição civil decretada pelo Governo para os dias de greve, confirmou à
Renascença uma fonte sindical.
Os representantes dos trabalhadores contestam a decisão de decretar uma requisição civil para os quatro dias de greve marcados, mas a forma de apresentar essa contestação ainda está em análise.
As estruturais sindicais ligadas à TAP vão reunir-se esta sexta-feira com a administração da empresa a pedido do presidente da mesma, disse à
Renascença fonte da empresa. O sindicato que representa os pilotos diz que não ter recebido qualquer convocatória.
Os sindicatos têm também marcada, para esta sexta-feira, a partir das 10h30, a reunião com o Governo, em sede do Tribunal Arbitral, para decretar os serviços mínimos durante a greve.
O ministro da Economia
anunciou na quinta-feira que o Governo decidiu decretar uma requisição civil dos trabalhadores da TAP para minimizar o impacto da greve dos dias 27 a 30 deste mês.
António Pires de Lima justificou a decisão por se tratar de "uma situação excepcional que exige uma tomada de medida excepcional", acrescentando que a decisão foi tomada por unanimidade do Conselho de Ministros.
A
requisição civil compreende o conjunto de medidas determinadas pelo Governo destinadas a assegurar o regular funcionamento de serviços essenciais e de interesse público ou de sectores vitais da economia nacional.
Os sindicatos que representam os trabalhadores da TAP marcaram a greve como forma de protestar contra várias medidas, entre as quais se destaca a privatização da empresa.