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Vaticano contribuiu para regresso das relações Estados Unidos-Cuba

17 dez, 2014 • Aura Miguel

Santa Sé "ofereceu os seus bons ofícios para favorecer um diálogo construtivo".

Vaticano contribuiu para regresso das relações Estados Unidos-Cuba
O Papa Francisco congratula-se com a “histórica decisão dos governos dos Estados Unidos da América e de Cuba em estabelecer relações diplomáticas com o objectivo de, no interesse dos respectivos cidadãos, superar as dificuldades que marcaram a sua história recente”.

Francisco escreveu uma carta ao Presidente de Cuba, Raúl Castro, e outra ao Presidente norte-americano, Barack Obama.

O comunicado da Secretaria de Estado da Santa Sé refere que as cartas convidavam ambos os líderes “a resolver questões humanitárias de interesse comum, entre as quais, a situação de alguns detidos, com vista a desencadear uma nova fase nas relações entre as duas partes”.

Em Outubro, a Santa Sé acolheu no Vaticano delegações dos dois países e “ofereceu os seus bons ofícios para favorecer um diálogo construtivo sobre temas delicados, de onde brotaram soluções satisfatórias para ambas as partes”, diz o texto.

“A Santa Sé continuará a assegurar o seu apoio às iniciativas que as duas Nações realizarão para incrementar as relações bilaterais e favorecer o bem-estar dos respectivos cidadãos”.

O comunicado não o diz, mas este é o resultado de uma longa e paciente acção da diplomacia vaticana, desencadeada há mais de 15 anos, quando se preparava a visita de João Paulo II em 1998, reforçada com a visita de Bento XVI em 2012 e que hoje – dia do aniversário do Papa Francisco – atinge um final feliz.