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Cerca de 20 mil passageiros da TAP já alteraram reservas para fugir à greve

17 dez, 2014

Números revelados à Renascença pela TAP. Governo vai ponderar requisição civil, uma "provocação" para os trabalhadores.

Cerca de 20 mil passageiros da TAP já alteraram reservas para fugir à greve

Cerca de 20 mil dos 132 mil passageiros da TAP com voos previstos para o período da greve entre o Natal e o Ano Novo conseguiram alterar as reservas para o período da greve. A informação é avançada à Renascença pelo gabinete de comunicação da transportadora aérea nacional.

Em cada um dos quatro dias de greve, a TAP previa realizar 300 voos que ficam em causa com a paralisação convocada por 12 sindicatos ligados à companhia portuguesa.

O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que o Governo vai analisar no Conselho de Ministros desta quinta-feira uma eventual requisição civil para a TAP e tomará "todas as medidas" possíveis para garantir a "normalidade" de serviços da transportadora aérea, avança a Lusa.

Em conferência de imprensa, no final da III Cimeira Luso-Cabo-verdiana, realizada em Lisboa, no Palácio das Necessidades, questionado se vai ser decretada uma requisição civil para a TAP, Pedro Passos Coelho respondeu: "Essa é uma questão de ordem interna, que não deixará de ser analisada amanhã [quinta-feira] no Conselho de Ministros".

Já a comissão de trabalhadores da TAP considera que a discussão de uma eventual requisição civil é mais uma "provocação", preferindo que o Governo se ocupasse de defender o que consideram "interesse nacional".

"Isto é provocação atrás de provocação. Era muito mais bem empregue o tempo de uma reunião de Conselho de Ministros se eles reforçassem a ideia da defesa dos interesses e da soberania nacionais, não privatizando a TAP. Ia ser um esforço muito mais bem empregue. Com isto da requisição civil, estão a pôr em causa a lei da greve. Isso é muito perigoso", afirmou Vítor Baeta, porta-voz dos funcionários da companhia aérea, após um de vários encontros com grupos parlamentares.