Fiscalista sugere aperfeiçoar vistos "gold"

A fiscalidade para os residentes estrangeiros não habituais tem que ser aperfeiçoada para levar mais pessoas a escolher Portugal para a aquisição de uma segunda casa e a passar cá mais tempo, defendeu o fiscalista Tiago Caiado Guerreiro. 

Na intervenção que fez na Conferência sobre o Turismo Residencial sugeriu duas medidas: uma aceleração dos processos de aprovação e uma redução na tributação das mais-valias, que tornem o país mais competitivo neste sector.

“É bom os portugueses perceberem que grande parte da riqueza de Nova Iorque, Toronto, Londres, Zurique, Genebra e muitos outros sítios deriva deste regime fiscal. Porque é que é bom trazer pessoas ricas? Elas trazem capital, investem, contratam pessoas, compram casas, pagam imensos impostos, dão visibilidade ao nosso país e, como muitas delas são empresários, acabam por investir criando fábricas e outras coisas”, sublinhou.

O fiscalista defendeu as virtudes do regime dos vistos “gold”, muito semelhante ao adoptado em países como os Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Suíça ou Espanha. Considera que é muito positivo para captar investimento e desvaloriza o caso de fraude mostra que a justiça está a funcionar.

Caiado Guerreiro manifestou-se contra com o quase preconceito que existe em relação os cidadãos chineses que receberam 75% dos vistos “gold”. A maior economia mundial é a da China e a tendência é para continuar a crescer. Se os chineses querem passar tempo em Portugal, comprar casas e investir, ainda bem, acrescenta o fiscalista.