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Portas diz que cabe aos Ministérios aplicar a reforma do Estado

30 out, 2014

"A minha responsabilidade é no documento", disse o governante numa conferência.

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, afirmou que cabe aos Ministérios aplicar as medidas que constam no documento sobre a reforma do Estado.

Paulo Portas falava na conferência dos 25 anos do “Diário Económico”, que decorreu hoje em Lisboa e que reuniu vários gestores.

Quando questionado sobre a reforma do Estado, Paulo Portas disse que teve a atribuição de "propor ao Conselho de Ministros um conjunto de orientações para a reforma do Estado" e que o documento foi proposto, debatido e aprovado na reunião do Conselho de Ministros.

A opção do Governo foi de que "cada Ministério se responsabilize pelas medidas sectoriais" que constavam no documento, explicou.

"A minha responsabilidade é no documento", declarou, admitindo críticas ao mesmo, embora considere que tenha sido "insuficientemente lido".

Agora, "cada ministério tem de ser responsável" pela sua aplicação, explicou. "Aqueles que o consideravam insuficiente, agora consideram necessário", apontou Paulo Portas.

Questionado sobre se a coligação era um casamento de conveniência, Paulo Portas não respondeu. "Esta coligação é formada por dois partidos que não negociaram no essencial o memorando de entendimento" e que recebeu o "encargo de governar o país em cogoverno com um sindicado de credores", disse.

O objectivo era devolver a soberania ao país e recuperar a reputação internacional do país. "É indiscutível que isso foi conseguido", salientou.

"Este Governo cumpriu o essencial que o país pediu", acrescentou o vice-primeiro-ministro.

Em relação à coligação, disse: "Porquê fazer perguntas antes do tempo?".

Durante a conferência, a alusão ao candidato socialista a primeiro-ministro e actual presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, esteve algumas vezes presente.

Logo no início da sua intervenção, Paulo Portas, dirigindo-se ao moderador da conferência, afirmou: "O director do Diário Económico é o único António Costa cujo pensamento político e económico é exaustivamente conhecido", o que gerou gargalhadas na assistência. "Assim os homónimos pudessem dizer o mesmo", acrescentou Paulo Portas.