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Crato garante que necessidades escolares comprovadas "serão supridas"

25 out, 2014

Governante admite contratar mais professores e pagar horas extraordinárias para recuperar atrasos.

Crato garante que necessidades escolares comprovadas "serão supridas"

O ministro da Educação e da Ciência, Nuno Crato, garantiu, num encontro com directores, professores e pais que as necessidades escolares "que forem comprovadas (...) serão supridas".

No final do 39º Encontro Nacional das Associações de Pais, que decorreu em Cascais, Nuno Crato falou aos jornalistas e, quando sobre se, no quadro do plano de recuperação do atraso do ano lectivo e caso seja necessário, contratará mais professores e pagará horas extraordinárias, disse que, "com certeza, (...) as necessidades que forem comprovadas (...) serão supridas".

Porém, sublinhou o ministro, o que se está a verificar "é um grande esforço por parte dos directores e dos professores para, com os meios próprios, resolverem os problemas da compensação pedagógica que existem para um conjunto de alunos".

Acerca do balanço da colocação de professores através da Bolsa de Contratação de Escola (BCE), que o Ministério da Educação tinha prometido para esta semana, mas depois remeteu para a semana que vem, o ministro assegurou que "a Administração Escolar tratará disso no devido tempo".

Realçando que tem acompanhado "o que se está a passar, dia a dia", Nuno Crato confirmou que "um balanço sistemático será feito, em princípio, na segunda-feira".

Na sessão de encerramento do encontro, o ministro voltou a reconhecer "erros lamentáveis no início" do ano lectivo, mas garantiu que "estão agora em fase de ultrapassagem final" e recordou que "muitas escolas não tiveram problemas nenhuns".

Perante o repto lançado pelas associações de pais para que não admita mais cortes na educação, o ministro voltou a explicar que o orçamento não emagrecerá 700 milhões de euros. "Na realidade, há uma redução de 200 milhões", insistiu, acrescentando que, desse montante, 50 milhões "dependem da capacidade de utilizar fundos comunitários".

Ou seja, garante o ministro, "a redução na educação vai ser muito menor, se é que vai haver". E, "se for necessário", Nuno Crato irá "buscar" mais dinheiro.