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"Belle Époque". Quando Lisboa queria ser francesa

20 out, 2014 • Ana Lisboa

Livro de Paula Gomes Magalhães retrata uma época de ouro da cultura e da inovação, mas também de muitos contrastes e desigualdes.

"Belle Époque". Quando Lisboa queria ser francesa

Na passagem para o século XX, Paris era a referência para uma Lisboa de contrastes, onde a classe endinheirada seguia a última moda francesa e “nas deslocações o burro ainda era muito utilizado”.

No livro “Belle Époque – A Lisboa de finais do século XIX e início do século XX”, Paula Gomes Magalhães quis dar a conhecer este período da história e como se vivia na capital portuguesa, nesta que foi considerada uma época de ouro da cultura e da inovação.

Lisboa transformou-se durante a “Belle Époque”. Desapareceu a Lisboa romântica e nasceu uma cidade moderna, estimulada por uma burguesia endinheirada que vivia fascinada com tudo o que vinha de Paris.

A autora refere mesmo que “Paris é a principal influência. Os lisboetas, a classe endinheirada, tentava copiar Paris a todos os níveis (…), mas também aquilo que eram os hábitos dos parisienses”.

A cena cultural estava em efervescência nesta altura. Surgiram os cabarés, o cancan e o cinema. A arte tomava novas formas como o caso do Impressionismo.

Foi uma época que coincidiu com alguns progressos, como os primeiros telefones, o automóvel e o eléctrico. Apesar disso, na capital portuguesa, “nas deslocações o burro ainda era muito utilizado”. Por isso, a autora fala em Lisboa como uma cidade de contrastes.

O livro já está à venda nas livrarias por 20 euros.