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Passos diz que ministro da Educação chegou a pôr lugar à disposição

20 out, 2014

Primeiro-ministro assume que não será possível aos alunos ainda sem professores recuperarem por completo as aulas em atraso.

Passos diz que ministro da Educação chegou a pôr lugar à disposição

Pedro Passos Coelho revelou que Nuno Crato colocou o seu lugar à disposição e reiterou a sua confiança no ministro da Educação. Não "evitou agarrar no problema" ou "procurou lavar as mãos do assunto", sublinhou o primeiro-ministro, esta segunda-feira.

"Tenho muita honra em dizer que o senhor ministro da Educação tendo-me colocado - na altura - o seu lugar à minha inteira disposição, para que pudesse decidir como entendesse, nunca evitou agarrar no problema e nunca procurou lavar as mãos do assunto", revelou Passos, em Forjães, concelho de Esposende, onde inaugurou um complexo escolar.

"Isso só significa que acertei quando o escolhi para ser ministro", disse.

Na inauguração do Complexo Escolar de Forjães, Passos Coelho assumiu que não será possível aos alunos, que ainda não tem professores, recuperarem por completo as aulas em atraso. “Esperamos agora, na medida do possível, encontrar formas de compensar os alunos que perderam estas semanas de aulas. E isso não tem uma solução igual para em todas escolas: Nós não podemos simplesmente sobrecarregar os alunos com aulas suplementares, na medida em que a sua carga horária já é relativamente preenchida. Portanto, nunca conseguiremos fazer uma compensação perfeita”.

"Apesar da legislação que, entretanto, foi criada e que visava aproximar das escolas a decisão pela contratação dos professores, de forma a podermos ter um modelo mais descentralizado, do que aquele que existia e com menos arbitrariedade do que a tinha sido detectada nas colocações anteriores, o concurso revelou um problema que teve de ser resolvido. E estamos praticamente em condições de dizer que ele está resolvido", garantiu o governante, acrescentando que os docentes já podem apresentar os prejuízos sofridos com os erros, para serem ressarcidos.

"Foi um tempo conturbado, este por que passámos", admitiu o primeiro-ministro, aludindo a um início de ano lectivo "mais atribulado" do que o esperado pelo Governo, com "quase 2%" dos professores afectados com erros no concurso.

O primeiro-ministro foi recebido por cerca uma centena de manifestantes, na sua maioria afectos à CGTP-IN, que mostraram tarjas a pedir a demissão do Governo e novas políticas para a educação.

[Notícia actualizada às 17h30]