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Governo satisfeito com taxa de desemprego “em trajectória descendente”

01 out, 2014

O ministro do Emprego considera recusa efeitos de sazonalidade e considera que os postos de trabalho que têm sido criados são permanentes.

O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, congratulou-se esta quarta-feira por a taxa de desemprego em Portugal, apesar de ainda ser elevada, seguir a "trajectória correta, a descendente", há "mais de 20 meses".

Em "mais de um ano e meio" assistiu-se a "uma redução com muito significado da taxa de desemprego", destacou o ministro, lembrando que Portugal chegou a estar "perto dos 18%" de desemprego.

Essa taxa tem vindo a reduzir-se consecutivamente e, agora, cifra-se nos 14%, disse Pedro Mota Soares, referindo-se aos dados divulgados, na terça-feira, pelo Eurostat.
"São taxas que ainda são elevadas e, por isso mesmo, temos que continuar a trabalhar para que este número se possa continuar a reduzir, mas a trajectórias do desemprego é uma trajectória correta, que é a trajectória descendente", realçou o ministro.

O governante que tutela as pastas da Solidariedade, Emprego e Segurança Social falava aos jornalistas em Évora, à margem da visita que efectuou às fábricas da construtora aeronáutica brasileira Embraer na cidade alentejana.

Os mais recentes números do Eurostat revelam que a taxa de desemprego em Portugal ficou nos 14% em agosto, o mesmo valor registado em Julho, enquanto em termos homólogos cedeu 2,1 pontos percentuais, a segunda maior queda da União Europeia.

"A taxa de desemprego, há cerca de 20 meses que já se tem vindo a reduzir em Portugal e isso é algo de muito importante, vai no sentido correto", sublinhou Mota Soares.
Os dados do Eurostat mostram que Portugal, frisou o ministro, "continua a ser um dos países que, na esfera europeia, tem maior capacidade de reduzir o desemprego".
"É fundamental continuarmos a trabalhar com esta capacidade de ouvir também as empresas, de ouvir a economia, porque são as empresas que mantêm e geram mais postos de trabalho", defendeu.

Questionado sobre declarações do secretário-geral da UGT, Carlos Silva, que considerou importante a baixa da taxa de desemprego, mas admitiu que esta pode reflectir o trabalho sazonal e o emprego precário, Pedro Mota Soares excluiu esse factor da sazonalidade.

"Os dados do Eurostat são dados que são corrigidos de sazonalidade, são dados que retiram qualquer efeito que possa acontecer, e que acontece, nos meses do Verão", contrapôs.

Além dos números do organismo europeu, também os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) permitem constatar, segundo o governante, que, "neste momento, grande parte dos postos de trabalho que estão a ser criados é postos de trabalho permanentes".