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Ministro disposto a debater a criação de um Conselho Nacional de Saúde

23 set, 2014

Ideia consta de um relatório patrocinado pela Gulbenkian. Nele sugere-se a criação de um órgão que tutele um “pacto para a saúde” e que seja representativo dos cidadãos e de todos os sectores da sociedade.

O ministro da Saúde está disposto a debater a criação de um Conselho Nacional de Saúde, proposta de um relatório sobre o futuro da saúde em Portugal, patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

O relatório, feito por uma comissão de peritos, foi apresentado esta terça-feira na Gulbenkian, em Lisboa, e nele sugere-se a criação de um Conselho Nacional de Saúde, que tutele um “pacto para a saúde” e que seja representativo dos cidadãos e de todos os sectores da sociedade.

“É relevante e importa discutir”, disse o ministro, citado pela Lusa, no final da apresentação do relatório, uma cerimónia durante a qual o presidente da Gulbenkian, Artur Santos Silva, apresentou como desafios para a própria instituição, nos próximos anos, a redução da diabetes, a diminuição das infecções hospitalares e uma melhor saúde para as crianças.

“São desafios cujo combate já começamos”, respondeu o ministro Paulo Macedo, acrescentando que com o contributo da Gulbenkian haverá “dados mais positivos”.

Afirmando que o relatório soube juntar ambição e humildade, o ministro salientou ainda que o documento elogia o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que convoca um “pacto para a saúde”, e que é ambicioso e que merece reflexão.

Sobre o SNS, o ministro disse que o serviço é hoje “uma marca”. Macedo assume como desafio torná-lo mais “transparente”, o que exige uma contínua prestação de contas aos utentes no sentido de informar como são gastos os recursos e como se transformam em ganhos os investimentos feitos na saúde.

Paulo Macedo garantiu ainda que o ministério acompanha as conclusões do relatório sobre as doenças crónicas.

Os peritos defendem “a melhoria das condições para a gestão” dessas doenças, tendo como alvo “5,5 milhões de pessoas que padecem de uma ou mais patologias crónicas”.