O ministro da Saúde está disposto a debater a criação de um Conselho Nacional de Saúde, proposta de um relatório sobre o futuro da saúde em Portugal, patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
O
relatório, feito por uma comissão de peritos, foi apresentado esta terça-feira na Gulbenkian, em Lisboa, e nele sugere-se a criação de um Conselho Nacional de Saúde, que tutele um “pacto para a saúde” e que seja representativo dos cidadãos e de todos os sectores da sociedade.
“É relevante e importa discutir”, disse o ministro, citado pela Lusa, no final da apresentação do relatório, uma cerimónia durante a qual o presidente da Gulbenkian, Artur Santos Silva, apresentou como desafios para a própria instituição, nos próximos anos, a redução da diabetes, a diminuição das infecções hospitalares e uma melhor saúde para as crianças.
“São desafios cujo combate já começamos”, respondeu o ministro Paulo Macedo, acrescentando que com o contributo da Gulbenkian haverá “dados mais positivos”.
Afirmando que o relatório soube juntar ambição e humildade, o ministro salientou ainda que o documento elogia o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que convoca um “pacto para a saúde”, e que é ambicioso e que merece reflexão.
Sobre o SNS, o ministro disse que o serviço é hoje “uma marca”. Macedo assume como desafio torná-lo mais “transparente”, o que exige uma contínua prestação de contas aos utentes no sentido de informar como são gastos os recursos e como se transformam em ganhos os investimentos feitos na saúde.
Paulo Macedo garantiu ainda que o ministério acompanha as conclusões do relatório sobre as doenças crónicas.
Os peritos defendem “a melhoria das condições para a gestão” dessas doenças, tendo como alvo “5,5 milhões de pessoas que padecem de uma ou mais patologias crónicas”.