Mais de 55% dos eleitores escoceses votaram “não”, contra 44,6% do “sim” no referendo à independência da Escócia, mantendo a união de pé.
Assumindo a derrota, o independentista Alex Salmond elogiou a adesão massiva às urnas (85%), mas fez questão de deixar um aviso ao Reino Unido: "Espero que honrem o compromisso de devolver mais poderes à Escócia".
Em resposta, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, que se diz “encantado com o resultado", garante que “os compromissos feitos para com a Escócia serão cumpridos”. Em Janeiro, serão anunciados novos poderes para o país.
Antes do referendo, os defensores do “não” anunciaram um
acordo de compromisso: se o território continuasse a ser parte integrante do Reino Unido, David Cameron, o vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, e o líder trabalhista, Ed Miliband, vão estabelecer medidas que possam dar mais força para o Parlamento de Edimburgo, com a atribuição de novas competências e total protecção para o Serviço Nacional de Saúde.
Anabela Góis, enviada da
Renascença à Escócia, diz que centenas de pessoas passaram a noite junto aos centros de contagem de votos. Foi num desses locais que falou com um jovem de 18 anos que festejava a vitória do “não” com alguma tristeza: “este resultado mostra uma grande divisão no país”, disse.
O “não” foi o voto de 2,001,926 escoceses contra o “sim” independentista de 1,617,989. O "Sim" venceu em Glasgow, a maior cidade do país, e num total de quatro círculos eleitorais. Ao todo, o país está dividido a 32 regiões.