Tempo
|

Um Verão, 14 destinos

Rumar ao Alto Minho

29 ago, 2014 • Carolina Rico

O Verão tem 14 semanas. A Renascença dá-lhe uma sugestão por semana. Descanso para todos os gostos.

Rumar ao Alto Minho
Entre o mar e a montanha, Viana do Castelo é a primeira paragem a fazer ao visitar o Alto Minho. Rumar a norte pode não ser a escolha de muitos estas férias, mas o acerto na bússola vale a oportunidade de aproveitar os últimos dias de descanso rodeado pela natureza e pela história.

Situada na foz do rio Lima, Viana do Castelo cresceu em função da água, à margem do porto de pesca, com influências manuelinas e renascentistas e design contemporâneo. A praia do Cabedelo estende-se ao longo do estuário do Lima e é conhecida pelas águas tranquilas.

No sopé da colina de Santa Luzia, as estreitas ruelas calcetadas são ladeadas por palacetes e casas senhoriais construídos ao longo de séculos. É no alto deste monte que se se ergue a Basílica de Santa Luzia, cuja construção se iniciou em 1903.


Riacho no Parque Nacional da Peneda-Gerês . Foto: DR

Com a história marcada na pedra, Viana do Castelo descobre-se a pé, com tempo para admirar a arquitectura das igrejas seculares, o Castelo de Santiago da Barra, os Paços do Concelho e a Misericórdia.

A cerca de cinco quilómetros do centro da cidade, as ruínas da Citânia de Santa Luzia deixam a descoberto vestígios de um passado ainda mais longínquo, uma aldeia fortificada da Idade do Ferro.

Mais de 70 mil hectares para explorar
Parque Nacional da Peneda-Gerês, no extremo nordeste do Minho, foi objecto de ocupação humana desde os tempos proto-históricos até aos nossos dias. Entre a paisagem selvagem montes e vales, florestas, quedas de água e rios tranquilos, é também possível descobrir vestígios megalíticos, célticos, romanos e medievais.

Este é o único parque nacional de Portugal. Com mais de 70 mil hectares para explorar, aqui pode passear a pé ou a cavalo, praticar canoagem e desportos aquáticos.

Se prosseguir pela estrada que conduz à barragem do Alto do Lindoso, no concelho de Ponte da Barca, pode ver o rio a correr entre ravinas que por vezes atingem os 500 metros de profundidade. Num monte elevado ao rio, ergue-se o Castelo de Lindoso, reconstruído no século XIII por D. Dinis.

A vila mais antiga de Portugal, Ponte de Lima, é conhecida pela ponte de dois troços distintos, um romano e outro medieval, onde a pedra se une à água para formar sete arcos de volta perfeita, entre os oito de volta quebrada.


Espigueiros de Soajo. Foto: Wikimedia Commons

Num percurso pela memória da cultura portuguesa, passando por vias romanas, vilas históricas, castelos e fortificações, igrejas, conventos e mosteiros, Paredes de Coura e Ponte da Barca não devem ficar esquecidas.

Em Arcos de Valdevez, casa do Santuário de Nossa Senhora da Peneda, poderá também conhecer os Espigueiros de Soajo, uma eira comunitária constituída por 24 monumentos em pedra, assentes num afloramento de granito. O mais antigo data 1782, mas alguns ainda são utilizados.

Caminha, Valença, Monção e Melgaço marcam o fim do território português, guardado pela muralha do castelo de Melgaço, um dos mais importantes bastiões militares junto à fronteira norte.

Este Verão, a Renascença dá-lhe a conhecer 14 destinos de férias em Portugal e no mundo.

Espreite os destinos sobre os quais já escrevemos