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Famílias portuguesas contam gastar menos no regresso às aulas

23 ago, 2014 • Ricardo Vieira

Em nome da poupança, há mais pessoas a comprar manuais escolares em segunda mão ou a pedir livros emprestados.

Famílias portuguesas contam gastar menos no regresso às aulas

Livros, cadernos, lápis, canetas, mochila, vestuário... A lista de compras para o regresso às aulas pode impressionar os mais sensíveis. Mas este ano, os portugueses contam gastar menos, indica um estudo do Observador Cetelem.

As famílias apontam para uma factura de 509 euros, em média, uma poupança de 16 euros em comparação com 2013.

Olhando os dados mais à lupa e tendo em conta apenas para os agregados só com um aluno, a descida é de 57 euros, para uma previsão de gasto médio de 346 euros.

A esmagadora maioria dos inquiridos, 93%, vai adquirir manuais escolares novos, um dado em linha com o ano anterior.  

Mas aumenta o número dos que tencionam comprar em segunda mão ou pedir livros emprestados. Esta última opção pelos livros emprestados cresceu mais do dobro desde 2011.

O estudo indica que em 57% dos casos a compra de material escolar é repartida ao longo do ano,  contra 41% que o fazem num momento único.

Quanto aos livros, uma das despesas mais pesadas, quase 60% dos inquiridos vão comprá-los num momento diferente do restante material.

Papelarias e hipermercados continuam a ser os locais de eleição na hora de adquirir o material para o regresso às aulas, mas a internet está a conquistar adeptos e regista um aumento de 10% em relação ao ano anterior.

A percentagem de famílias que tem uma poupança para a educação diminuiu de 27% e 13%. Um total 65% não têm nem tencionam ter um aforro para o ensino.

Ainda de acordo com este estudo do Observador Cetelem, baseado em 600 entrevistas, 18% ponderam pagar as despesas do regresso às aulas com recurso ao cartão de crédito.