Sócrates diz-se alvo de "campanha de canalhice"

O ex-primeiro-ministro José Sócrates diz-se alvo de uma “campanha de canalhice” e “difamação” e nega qualquer envolvimento no caso “Monte Branco”.

José Sócrates afirmou, à RTP, que a notícia avançada na edição desta semana da revista Sábado é um conjunto de “falsidades sem correspondência com a realidade”.

“Lamento que isto se faça com o objectivo de meterem um socialista qualquer no caso Monte Branco”, sustenta.

O ex-primeiro-ministro garante que não conhece ninguém ligado a uma empresa que fazia movimentos de dinheiro para fora do país.

"Não tenho nem capitais para serem transferidos”, diz o antigo chefe de Governo. Adianta que só teve uma conta em Paris, na Caixa Geral de Depósitos, quando estudou na capital francesa depois das eleições legislativas de 2011.

Questionado se vai processar a revista Sábado, respondeu: “tenciono utilizar todos os meios para me defender”.

A Procuradoria-Geral Da República (PGR) garantiu esta quarta-feira que o ex-primeiro-ministro José Sócrates “não está a ser investigado nem se encontra entre os arguidos constituídos no Processo Monte Branco”.

O esclarecimento da PGR, em forma de comunicado de imprensa, surge depois de a revista Sábado publicar no seu "site" que o “o Ministério Público pondera deter o ex-primeiro-ministro para interrogatório”. “Sócrates está sob vigilância há vários meses e já lhe quebraram o sigilo bancário e fiscal”, refere o "site" da revista.

O caso “Monte Branco” teve início em Junho de 2011 e investiga situações de fuga ao fisco e branqueamento de capitais.