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Hospital de São João fez mais consultas e cirurgias em menos tempo

30 jul, 2014

A unidade de saúde conseguiu ainda diminuir a dívida do hospital e encurtar o período de pagamento aos fornecedores.

O Centro Hospitalar de São João revelou esta quarta-feira ter realizado mais consultas e cirurgias no primeiro semestre de 2014 do que no período homólogo de 2013, tendo ainda diminuído as médias de tempo de espera e custos operacionais.

Segundo os dados sobre o desempenho assistencial e de produção no primeiro semestre agora divulgados, as primeiras consultas externas naquele centro hospitalar "aumentaram 10%, e fixaram-se em 97.379" e as consultas externas totais aumentaram 5,1%.

No mesmo período foram realizadas 22.815 cirurgias, o que representa "um aumento de 4,8%", das quais 11.600 foram convencionais e 11.215 em ambulatório, representando este último número um aumento de 7,2% face a período homólogo.

"A produção cirúrgica é uma questão bastante importante e temos insistido bastante junto dos nossos cirurgiões, e de todos os profissionais que fazem os serviços cirúrgicos, no sentido de rentabilização dos tempos de bloco [e] da possibilidade de fazer mais cirurgias de ambulatório", assinalou a directora clínica Margarida Tavares.

Também nos primeiros seis meses do ano, a média do tempo de espera para cirurgia passou de 75 dias para 71 dias e a média do tempo de espera para consulta passou de 84 para 75 dias.

Em termos económicos e financeiros, "os custos operacionais baixaram" e o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortização) foi superior ao período homólogo, cifrando-se em Junho, em 3.378.722 de euros positivos.

Quanto aos custos operacionais, estes cifraram-se em cerca de 160 milhões de euros, reduzindo-se em 0,7% em relação ao período homólogo de 2013, significando uma redução nominal de cerca de 1,2 milhão de euros.

Dados do hospital indicam ainda que o prazo médio de pagamento a fornecedores externos fixou-se em 112 dias, representando uma redução de 44% face aos 200 dias do período homólogo de 2013, e de 27% face aos 154 dias verificados em Dezembro de 2013.

No final de Junho, a dívida a fornecedores externos cifrava-se em 41 milhões de euros, reduzindo 49,5% face aos 81,2 milhões registados em Junho de 2013.

Para a directora clínica, estes resultados reflectem "um caminho que tem sido trilhado com as melhorias em termos de informação, de monitorização, de controlo da produção e do próprio controlo pelas chefias intermédias" e ainda "o empenho e a motivação que os profissionais continuam a ter".

Margarida Tavares explicou que foram implementados no Centro Hospitalar "processos que conduziram ao aumento da produtividade e eficiência", sendo por isso possível "manter esse caminho de melhoria e de aumento da produção".

Perante as "dificuldades" e "apesar da crise", a responsável garantiu que os profissionais daquela unidade têm "tentado evitar de todas as maneiras, que se entre num caminho de regressão e de desmotivação".

Para o segundo semestre, a directora clínica acredita que será possível "manter esta rota e indicadores desta ordem" pelo que os actuais resultados "serão extrapoláveis ao final do ano" de 2014.