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EUA

Estado do Arizona investiga execução que "correu mal"

24 jul, 2014

A injecção letal administrada a um recluso demorou a fazer efeito, ao contrário do que se pretende. É já o terceiro caso do ano com registo de problemas deste tipo, o que faz aumentar a polémica em torno de uma pena que é aplicada em 36 dos 50 estados do país.

Um recluso foi executado, esta quarta-feira, numa prisão do Arizona, nos Estados Unidos, mas a injecção letal demorou quase duas horas a fazer efeito.

Joseph Wood, de 55 anos, condenado por duplo homicídio, recebeu um cocktail de fármacos  pelas 13h52 (hora local) e só foi declarado morto pelas 15h49, de acordo com o gabinete do procurador-geral.

"Ele engasgou-se e lutou para respirar durante cerca de uma hora e 40 minutos", disse aos jornalistas o advogado Dale Baich.

Durante esse período, os advogados  de Joseph Wood apresentaram, sem sucesso, um recurso de emergência para suspender a execução e permitir assistência médica.

"O Arizona parece ter-se juntado a vários outros estados que têm sido responsáveis por um horror totalmente evitável: uma execução falhada”, lamentou o advogado Dale Baich.

O governador do Estado do Arizona, Jan Brewer, já manifestou preocupação com o sucedido e ordenou uma investigação para saber o que "correu mal", mas salientou que foi feita justiça.

Em Janeiro e em Abril também já tinha sido registados problemas em execuções através do método de injecção letal. Este novo caso vem aumentar a polémica em torno da pena de morte nos Estados Unidos, que é permitida em 36 dos 50 estados do país.