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Crato acusa Fenprof de enganar professores

22 jul, 2014

Prova de avaliação de docentes "não esteve suspensa", afirma o ministro. Nuno Crato admite ter marcado o exame com poucos dias de antecedência para evitar greves.

Crato acusa Fenprof de enganar professores

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) deu informações erradas aos docentes sobre a prova de avaliação desta terça-feira, acusa o ministro da Educação.

“Lamentamos alguma desinformação que foi produzida, muito em especial a declaração de que o Ministério não teria entregue a tempo a contestação das providências cautelares e, portanto, a prova  estava suspensa”, declarou Nuno Crato, em conferência de imprensa.

“A prova não esteve suspensa, a prova realizou-se com toda a legalidade. Esta desinformação é bastante grave porque candidatos poderiam ter decidido não comparecer à prova por considerarem verdadeira essa desinformação”, salientou o governante, numa crítica à Fenprof.

De acordo com o Ministério da Educação, só numa das 88 escolas previstas não foi possível realizar a prova de acesso à carreira docente, por falta de vigilantes.

O ministro garantiu que estes professores não vão ser prejudicados e lamentou incidentes registados em alguns estabelecimentos.

“Esses incidentes não dignificam a função docente, mas sabemos também que são incidentes com os quais a esmagadora maioria dos professores não se identifica”, declarou Nuno Crato.

O ministro da Educação admtiu que a marcação da prova de avaliação docente, com apenas três dias úteis de antecedência, deveu-se à necessidade de salvaguardar os exames do ensino secundário de eventuais greves marcadas pela Fenprof.

"Não queríamos de forma alguma arriscar pôr em causa a tranquilidade dos exames nacionais. Foi reiteradamente declarado pela Fenprof que, mal houvesse uma data, seria agendada uma greve. Não queríamos prejudicar os alunos do secundário", rematou Nuno Crato.

[notícia actualizada às 01h44]