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Portas volta a negar cortes. “Custos do trabalho já ajustaram”

22 abr, 2014

No relatório da décima primeira avaliação da “troika”, os credores internacionais voltam a defender cortes salariais no privado.

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, voltou a afirmar esta terça-feira que os custos do trabalho em Portugal "já ajustaram" e que, se for preciso, o Governo voltará a explicar esta realidade no âmbito da 12ª avaliação da “troika”.

“Esta é a 12ª avaliação, é a última avaliação e se for preciso explicar mais uma vez que os custos do trabalho em Portugal já ajustaram, explicaremos naturalmente", disse o governante quando questionado pelos jornalistas, em Lisboa.

Paulo Portas destacou que, nos últimos três anos, os portugueses foram assistindo repetidamente, "muitas vezes de uma forma dolorosa" a relatórios e perguntas.

"Esta é a última avaliação, estamos a uma de terminar o programa com a 'troika' e acho que isso, com toda a franqueza, é uma boa notícia para todos", declarou.

Paulo Portas falava na Fundação Oriente, onde se deslocou, juntamente com o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, para assistir à assinatura de um memorando de entendimento entre uma empresa portuguesa de tecnologia (Tekever) e o Centro de Engenharia de Xangai para micro satélites.

De acordo com o vice-primeiro-ministro, Portugal tem hoje capacidade para exportar produtos tradicionais, mas também tecnologia dentro e fora do mercado europeu.

Nuno Crato realçou que se trata de um exemplo de parceria entre empresas, centros e nações que abre as portas a um novo futuro para engenheiros e cientistas.