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"Não se pode aceitar" mais produtividade à custa de cortes salariais

21 nov, 2013

Pedro Vaz Patto, no debate de actualidade religiosa da Renascença, defendeu que "a economia devem estar ao serviço da pessoa".

Aumentar a produtividade das empresas à custa de cortes nos salários dos trabalhadores é uma ideia que deve ser rejeitada, afirmou Pedro Vaz Patto no debate de actualidade religiosa das quartas-feiras na Renascença.

“À luz desta perspectiva de que o trabalho e a economia devem estar ao serviço da pessoa, não se pode aceitar este tipo de raciocínio, que muito se ouve, de que para reforçar a produtividade das empresas devem ser reduzidos os salários”, defende o jurista.

Se assim é, questiona Pedro Vaz Patto, que vantagens têm as pessoas em reforçar a produtividade das empresas.

“Tem sentido a produtividade e a saúde das empresas, se isso reverte em benefício das pessoas que lá trabalham. Se é com o sacrifício das pessoas que lá trabalham, está invertido este princípio de que a economia está ao serviço da pessoa e não o contrário”, sublinha.

A mensagem dos bispos portugueses sobre os “Desafios éticos do trabalho humano" foi um dos temas do debate de actualidade religiosa da Renascença desta quarta-feira, em que também esteve em análise o Ano da Fé.

“Creio que o importante do Ano da Fé foi a maneira como os católicos o viveram nas várias paróquias, nos movimentos, não lhes passou ao lado”, diz o bispo auxiliar de Lisboa.

D. Nuno Brás considera que a mudança de Papas também acabou por marcar o Ano da Fé. “Foi uma chamada de atenção para esta realidade da fé como qualquer coisa de vivo”, sublinha.