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Mais de 400 autocarros na 25 de Abril em protesto contra austeridade

19 out, 2013

Manifestação vai provocar cortes e congestionamentos no trânsito na zona de Alcântara, em Lisboa, e em Almada.

Mais de 400 autocarros na 25 de Abril em protesto contra austeridade

Mais de 400 autocarros vão este sábado transportar manifestantes do sul e centro do país, atravessando a ponte 25 de Abril para integrar a concentração da CGTP, em Alcântara, contra as políticas de austeridade.

O secretário-geral da CGTP prevê ter "uma grande jornada de luta" em Lisboa e no Porto, e promete anunciar outros protestos contra as novas medidas de austeridade previstas na proposta de Orçamento do Estado para 2014.

A CGTP marcou para hoje uma jornada nacional de luta “contra a exploração e o empobrecimento” que inclui manifestações no Porto e em Lisboa.

O protesto no Porto integra a travessia a pé da ponte do Infante e em Lisboa previa a travessia da ponte 25 de Abril.

Dado que o Governo não autorizou a travessia a pé da ponte 25 de Abril, alegando questões de segurança, a central sindical optou por uma concentração em Alcântara, que deverá contar com a participação de "milhares de pessoas".

Muitas destas pessoas vão deslocar-se para a capital em autocarros, que vão atravessar a Ponte 25 de Abril com protestos sonoros.

Por isso, a manifestação vai provocar cortes e congestionamentos no trânsito na zona de Alcântara, em Lisboa, e em Almada.

Arménio Carlos considera que a jornada de luta, no Porto e em Lisboa, "vai ser um momento alto" para a central apresentar as suas propostas, como alternativa à política de austeridade seguida pelo Governo.

O líder da Intersindical entende que as medidas de austeridade inscritas na proposta de Orçamento do Estado para 2014 aumentaram a indignação dos portugueses e acabaram por ter um efeito mobilizador para o protesto.

A proposta de Orçamento do Estado entregue na terça-feira no parlamento pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, prevê, entre outras medidas, que seja "aplicada uma redução remuneratória progressiva entre 2,5% e 12%, com carácter transitório, às remunerações mensais superiores a 600 euros de todos os trabalhadores das administrações públicas e do sector empresarial do Estado, sem qualquer excepção, bem como dos titulares de cargos políticos e outros altos cargos públicos".