Tempo
|

E se o país acabasse?

12 jul, 2013 • Maria João Costa

O cenário é o pano de fundo do livro "Despaís". A Renascença falou com o autor, Pedro Sena-Lino.

Portugal, 2023. A "troika" foi transformada em "quadrado", com a entrada da Associação Internacional de Empresas Financeiras. O Estado está à deriva e os portugueses são convocados para responder em referendo à pergunta: "Concorda com a dissolução total do Estado Português?".

Este cenário serve de pano de fundo do livro "Despaís", a nova obra do escritor Pedro Sena-Lino.

O autor, a viver em Berlim, quer, com este livro, inquietar os leitores perante a actual circunstância vivida por Portugal, pelo que desigana a obra como um "romance-provocação".

"A ideia da provocação é, sobretudo, através deste cenário, atirado para o futuro, dentro de dez anos: se as circunstâncias se mantivessem neste país, o país chegava a este estado em que acabava com um referendo e depois vendido em retalhos”, refere o autor, em entrevista à Renascença 

"Despaís", com chancela da Porto Editora, é lançado, esta sexta-feira, no Grémio Literário, em Lisboa, com um debate em que participam Carvalho da Silva e José Vitor Malheiros, entre outros.