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Portugueses pagam menos pela prestação da casa

25 mar, 2013

Euribor desceu a um novo mínimo histórico. Prestação da casa ronda agora os 261 euros, em média. Imobiliárias dizem que descida não chega para estimular o mercado.

A prestação da casa continuou a descer em Fevereiro batendo um novo mínimo, fixando-se em média, nos 261 euros, reflectindo a queda da taxa de juro implícita no crédito à habitação para 1,483%.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística a taxa de juro implícita no crédito à habitação, recuou 0,054 pontos percentuais comparativamente a Janeiro.

Luis Lima, Presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) afirma que esta descida da Euribor não é suficiente para dinamizar o mercado do imobiliário.

Luís Lima revela que os bancos continuam a praticar spreads demasiado elevados nos novos contratos. “É um sinal para as famílias, para o orçamento, porque isto vai ter mais impacto nos créditos concedidos. Para o mercado a situação é que qualquer baixa na Euribor é inviabilizada pelo aumento dos spreads, pelo que a taxa final é bastante elevada”.

O Presidente da APEMIP mostra-se muito pessimista e afirma que nem o sentimento de insegurança provocado pelas condições do resgate a Chipre é capaz de alterar o comportamento dos consumidores: “Nos últimos dias com as questões políticas e indecisões, noto as pessoas muito apreensivas e a não decidirem. O que seria normal com estas questões, nomeadamente de Chipre, é que com alguma desconfiança dos activos no sector financeiro, seríamos contactados pelas pessoas para investir em imóveis para arrendar, mas não tem sido assim.”

“As pessoas estão muito apreensivas, há sinais de um massacre tremendo sobre o imobiliário, nomeadamente ao nível de impostos e do IMI e esses sinais são muito negativos”, considera Luís Lima.