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Eurogrupo aceita suavizar taxa sobre pequenos depositantes de Chipre

18 mar, 2013 • Daniel Rosário, em Bruxelas

Zona Euro recua parcialmente em relação à polémica taxa sobre os depósitos.

Menos austeridade para pequenos depositantes de Chipre é uma das conclusões da teleconferência do Eurogrupo, realizada esta segunda-feira.

Em cima da mesa estiveram as medidas impostas a Chipre pelo empréstimo de 10 mil milhões de euros. Os estados-membros acordaram diferenciar os pequenos dos grandes depósitos e Chipre aceitou taxas progressivas.

Os depósitos até 100 mil euros devem ser totalmente garantidos, mas isto não quer dizer que fiquem isentos do pagamento de alguma taxa. O curto comunicado do presidente do Eurogrupo está a gerar interpretações diferentes. Jeroen Dijsselbloem refere que as autoridades cipriotas vão introduzir maior progressividade na taxa anunciada, de surpresa, no sábado.

Para já, não são avançados números, mas os ministros das Finanças da Zona Euro repetem que o importante é que esta operação garanta a recolha dos quase 6 mil milhões de euros esperados para co-financiar o resgate de Chipre.

Inicialmente, a ideia era de aplicar uma taxa de 6,75% a depósitos até 100 mil euros e de quase 10% a valores superiores.

A Renascença apurou que uma das propostas que circula propõe que se isente os depósitos até 20 mil euros do pagamento de qualquer taxa, que o seu valor seja de 3% para depósitos entre 20 e 100 mil euros, de 10% para os depósitos entre 100 e 500 mil euros e de 15% para os depósitos acima de meio milhão de euros.      

O parlamento cipriota vota esta terça-feira, pelas 16h00 (hora de Lisboa), se aceita ou não as taxas sobre os depósitos e outras medidas do resgate europeu, de 10 mil milhões de euros.

Entretanto, as contas continuam bloqueadas e os bancos encerrados, pelo menos, até quinta-feira.