PCP no vermelho. “Não vamos dispensar uma efectiva redução da despesa”
01 dez, 2012 • Susana Madureira Martins
Há quatro anos, a situação financeira do PCP era insustentável e o cenário não mudou. Vai de mal a pior. XIX Congresso decorre em Almada até domingo.
Neste segundo dia de congresso comunista, houve um momento dedicado ao balanço financeiro do partido. As contas não são animadoras e o saldo negativo pode mesmo comprometer a capacidade de intervenção do PCP, advertiu o dirigente Alexandre Araújo.
“Os cerca de 200 mil euros do resultado médio anual negativo decorrente da actividade e funcionamento do partido mostram que, no essencial, a situação não foi ultrapassada e se mantém insustentável, apresentando riscos que podem, no futuro, comprometer a capacidade de intervenção do partido”, afirmou o congressista.
Alexandre Araújo reconhece que a maior fatia da despesa do partido é com funcionários e deixou um alerta: “Para atingir o equilíbrio financeiro, podemos não dispensar – e certamente não dispensaremos – uma efectiva contenção e mesmo redução de despesa, nomeadamente de funcionamento e, nalguns casos, de estrutura”.
Mas a que se deve esta falta de dinheiro? O dirigente do comité central comunista diz que é muito devido à actual lei de financiamento dos partidos e à atitude, que considera persecutória, da entidade das contas.