Os cancros dos líderes latino-americanos terão “mão” dos Estados Unidos?

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, avança com uma nova teoria da conspiração, sugerindo que os Estados Unidos podem estar a “induzir o cancro” em políticos da América Latina.

Com o diagnóstico de cancro na tiróide feito à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, subiu para cinco o número de líderes latino-amercianos que vivem com problemas cancerígenos, sendo um deles o próprio Chávez.

O ex-presidente brasileiro Lula da Silva luta, nesta altura, contra a doença e os actuais presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e do Paraguai, Fernando Lugo, venceram a doença.

Ontem, Chávez lançou a suspeita: estes casos, que aconteceram num curto espaço de tempo, podem não ter causas naturais. O líder venezuelano especulou se não existirá uma “tecnologia americana para induzir o cancro”.

“Será estranho que [os norte-americanos] tivessem desenvolvido uma tecnologia para induzir o cancro e ninguém o saiba até agora e se descubra isto em 50 anos ou não sei quantos”, disse.

Numa transmissão obrigatória de rádio e televisão, por ocasião da mensagem de fim de ano das Forças Armadas Venezuelanas, Hugo Chávez sublinhou que não tem provas e que não está a acusar Washington. "Não sei, só deixo para reflexão", acrescentou.

"É muito difícil explicar o que está acontecendo connosco na América Latina, mas não deixa de ser estranho, muito estranho", completou Chávez.

Em várias ocasiões, Chávez acusou os Estados Unidos de terem planos para o tirarem do poder ou mesmo assassiná-lo.

O presidente da Venezuela mostrou-se convencido de que Kirchner "vencerá" o cancro da tiróide.