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Nuno Melo. “Venceremos as eleições porque merecemos”

28 ago, 2015

Eurodeputado voltou a criticar os socialistas: "O PS de 2015, Sócrates à parte, é rigorosamente o mesmo que o PS de 2011".

Nuno Melo. “Venceremos as eleições porque merecemos”

O eurodeputado do CDS Nuno Melo considera que a vitória da coligação nas legislativas é uma questão de justiça, sublinhando que não se ganha por "decreto ou uma espécie de direito divino" como acreditam os socialistas.

"Acredito que venceremos as eleições porque merecemos, tal e qual não merecem os socialistas e por isso se há justiça eleitoral nesta terra perderão as eleições em Outubro de 2015", afirmou Nuno Melo na quinta-feira à noite, no terceiro jantar-conferência da Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide até domingo.

Nuno Melo centrou parte da sua intervenção aos ataques ao PS recorrendo a um "esforço de memória" para passar em revista os últimos quatro anos de governação da coligação PSD/CDS, com o PS na oposição.

Contraponto "a governação possível e responsável" da coligação e a atitude "irresponsável dos socialistas" na oposição, que agora, passados quatro anos querem voltar "a repetir tudo".

"O PS de 2015, Sócrates à parte, é rigorosamente o mesmo que o PS de 2011", sublinhou.

Quer na sua intervenção inicial, que já na fase de respostas às perguntas dos alunos da Universidade de Verão do PSD, Nuno Melo insistiu na `colagem` do PS de António Costa ao PS que "trouxe a `troika`" em 2011, avisando que os socialistas se predispõem agora a "repetir tudo outra vez: políticas, secretários de Estado e ministros".

"Estas eleições têm uma história e que essa história não nasce num ‘reset` feito em 2011, tipo `o PS se tivesse de ser penalizado já foi nas urnas`. Não houve nenhum `reset`, a austeridade que aconteceu em 2011 foi imposta até 2015 numa responsabilidade que não se esgotou em 2011", vincou.

Por isso, continuou, o que está em causa nas eleições legislativas de 4 de Outubro é a "opção clara" entre quem "não se arrepende" e "nem sequer é capaz de reconhecer que fez mal" e quem governou "num ciclo de excepcionalidade", acabou com a intervenção da `troika` e "merece agora a oportunidade" de prosseguir o crescimento num "ciclo de normalidade".

"Lá venceremos, se Deus quiser", exclamou o eurodeputado do CDS-PP, o único convidado do parceiro de coligação do PSD na Universidade de Verão `laranja`.

Pois, acrescentou, ao contrário do que acreditam muitas vezes os socialistas a vitória não é admissível "por decreto ou por uma espécie de direito divino".

Apesar dos ataques ao PS e a António Costa, a quem acusou de ter "mau perder", numa referência à reacção dos socialistas quando Portugal concluiu o programa de ajustamento, quando disseram que Portugal só festejaria quando mudasse de Governo, a Grécia acabou por merecer maior destaque no discurso de Nuno Melo, que não poupou críticas à "extrema-esquerda, radical, irresponsável, fantasista" de Alexis Tsipras.