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Quatro indiciados por lenocínio em bordel da Lixa ficam em liberdade

18 fev, 2015

Entre os suspeitos em caso de prostituição estão dois ex-militares.

Quatro detidos por alegada prática de tráfico de seres humanos para prostituição, num bordel na Lixa, foram indiciados do crime de lenocínio e vão aguardar em liberdade o desenrolar do processo. 

O Tribunal do Marco de Canaveses, que ouviu na terça-feira os detidos, para efeitos de aplicação das medidas de coacção, indiciou três homens e uma mulher pela prática do crime de lenocínio, a acção de fomentar, favorecer ou facilitar o exercício da prostituição, com intenção lucrativa.

Ficam obrigados a apresentações periódicas na polícia e proibidos de contactarem com as mulheres que se dedicavam à actividade de alterne e prostituição, bem como com os seus clientes, e de frequentar o bordel.

Um dos homens foi também indiciado pelo crime de posse de arma proibida.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou, na segunda-feira, o desmantelamento de um grupo que, alegadamente, se dedicava ao tráfico de seres humanos para prostituição a partir de um bordel da Lixa, Felgueiras, onde explorava cerca de 20 mulheres estrangeiras.

Na operação foram detidas seis pessoas, entre as quais dois ex-militares de tropas especiais.

Durante a acção policial, desencadeada na madrugada de sábado, o SEF deteve também duas mulheres estrangeiras em permanência ilegal em Portugal, sinalizou cinco vítimas de tráfico de seres humanos - duas das quais com 18 anos - e apreendeu 150 mil euros em dinheiro, armas, réplicas diversas e uma viatura de alta cilindrada.