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Estado Islâmico ganha cerca de 90 mil euros por dia só em resgates

06 fev, 2015

Conselho de Segurança das Nações Unidas quer proibir o pagamento de resgates, bem como compra de petróleo ou de antiguidades de grupos terroristas na Síria.

Estado Islâmico ganha cerca de 90 mil euros por dia só em resgates
Estado Islâmico ganha entre 85 e 110 mil euros por dia, só no pagamento de resgates para a libertação de reféns.

Esta é apenas uma das fontes de rendimento daquele que já foi considerado o grupo terrorista mais rico do mundo, actualmente.

Outras formas de ganhar dinheiro são a cobrança de impostos às populações das regiões que domina, o que rende alguns milhões de euros por mês, e a venda de petróleo no mercado negro, o que se estima valer pouco menos de um milhão de euros por mês.

A venda de petróleo já foi a maior fonte de dinheiro do Estado Islâmico, mas segundo as estimativas das Nações Unidas, a destruição de alguns poços de extracção e a queda no preço dos combustíveis ao longo dos últimos meses significa que esse já não é o caso.

Agora o Conselho de Segurança das Nações Unidas quer criminalizar a compra de petróleo, de antiguidades pilhadas ou mesmo o pagamento de resgates a organizações como o Estado Islâmico e o Jabhat al-Nusra, ligada à Al-Qaeda.

O objectivo é enfraquecer e limitar as fontes de rendimento do Estado Islâmico, enquanto continuam os ataques aéreos levados a cabo pela coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos.

Embora a maior parte das atenções mediáticas se tenham concentrado nos reféns ocidentais capturados pelo Estado Islâmico, sobretudo nos que acabaram por ser mortos pelo grupo, os terroristas raptam regularmente pessoas comuns, sobretudo membros de minorias religiosas que vivem na região, e exigem o pagamento de somas avultadas para as libertar.

Caso a medida seja aprovada, o que parece certo uma vez que se trata de uma iniciativa que conta com o apoio dos Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França, os estados membros da ONU ficam vinculados à proibição e podem sofrer sanções no caso de não tomarem as medidas necessárias para impedir esses negócios, incluindo o tráfico de armas, metais preciosos, cereais, aparelhos electrónicos e até mesmo cigarros, que são banidos no autodenominado Estado Islâmico.