05 jan, 2015
Pedro Santana Lopes admite entrar na corrida à Presidência da República, mas nunca seria uma candidatura “contra ninguém”, nomeadamente, contra Marcelo Rebelo de Sousa.
É a palavra "contra" que é negada por Santana Lopes. Contactado esta segunda-feira de manhã pela Renascença, o ex-primeiro-ministro recusa comentar a notícia do “Diário de Notícias”, segundo a qual pode haver dois candidatos de direita e admite candidatar-se a Belém mesmo contra Marcelo Rebelo de Sousa.
À Renascença, Santana Lopes diz que nada mais tem a acrescentar ao que já disse sobre o assunto, ou seja, não exclui a hipótese de avançar, mas remete para a sua página do Facebook.
Numa mensagem publicada esta segunda-feira, Santana Lopes sublinha que "quem é candidato à Presidência nunca o é contra ninguém". O actual provedor da Santa Casa prossegue: "Aliás, defendendo eu que os candidatos se devem apresentar em Outubro, a questão nunca se colocaria".
Santana Lopes diz ainda que, "quanto a Marcelo, está em primeiro na fila da legitimidade. Não há nada contra ele". O texto é claro neste ponto, mas não desmente que possa ocorrer uma dupla candidatura à direita.
Sobre o possível adversário à esquerda, Santana Lopes diz ao "Diário de Notícias" que "António Guterres é o mais estimulante”.
Já Marcelo Rebelo de Sousa considera que António Guterres está a fazer uma excelente gestão da sua eventual candidatura à Presidência da República e que tem nesta altura todas as condições para avançar.
No seu habitual espaço de opinião aos domingos na TVI, o professor disse que Guterres nem precisa de se preocupar muito com o tempo que terá disponível para a campanha. “Está a ser notícia todos os dias em termos de ‘o Messias vem ou não vem?’, ‘Ele vai ser ou não vai ser?’, Estamos na expectativa de ele [Guterres] ser [candidato presidencial] se não for secretário-geral das Nações Unidas. Se não for para o Mundo fica para Portugal. Por que é que se vai expor?”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa.