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Mediador não acredita no regresso da luta armada em Moçambique

23 out, 2014

Lourenço do Rosário admite, no entanto, que pode haver alguma perturbação pós-eleitoral.

Uma semana depois das eleições gerais em Moçambique não foram ainda divulgados os resultados definitivos.

Os últimos dados oficiais provisórios dão vantagem à FRELIMO, partido no poder, com 60% dos votos contra pouco mais de 30% da Renamo, o principal partido da oposição até agora não reconheceu estas eleições.

Lourenço do Rosário, reitor da Universidade Politécnica de Maputo, e que mediou o conflito político militar do último ano admite que mesmo que a Renamo não aceite os resultados, o clima de tensão não deverá resvalar para a luta armada.

“É frustrante para Afonso Dhlakama que investiu todo o seu capital político para esta sua última aparição como candidato a Presidente da República. Há toda uma emoção à volta disto. Por aquilo que eu percebi ao longo das conversações nos últimos dois anos entre o Governo e a Renamo e a presença de observadores militares internacionais para monitorizar o processo de desarmamento da Renamo, não creio que venha a haver um conflito político militar, mas pode haver alguma perturbação pós-eleitoral”, disse.

Lourenço do Rosário conclui ainda que a perda de expressão da Frelimo do Parlamento vai obrigar a uma concertação de posições.