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O Verão está a acabar, mas teremos sempre Paris

19 set, 2014 • Carolina Rico

O Verão tem 14 semanas. A Renascença dá-lhe uma sugestão por semana. Descanso para todos os gostos.

O Verão está a acabar, mas teremos sempre Paris
Há quem diga que é a cidade mais romântica do mundo, ideal para descobrir ao lado da pessoa amada, mas muitos são aqueles que, ao visitar Paris, se deixam enamorar pela própria cidade. Na última semana de Verão, conheça a revolucionária capital das artes, que aqui têm casa em dezenas de museus.

Abriu ao público em 1793 para mostrar uma colecção de 12 quadros, Napoleão fez dele um museu, e hoje é o maior do mundo, com mais de 350.000 peças: Para conhecer o Louvre de uma ponta a outra, precisaria de vários dias.

A solução para encurtar a visita é escolher previamente as obras que não quer mesmo perder entre as pinturas e esculturas italianas, holandesas e francesas, mas também antiguidades egípcias, gregas e islâmicas.

É aqui que pode ver a Mona Lisa, a Vénus do Milo ou a Vitória de Samotrácia, mas os amantes do impressionismo vão preferir o Museu de Orsay, uma antiga estação de comboios que guarda vários tesouros de Manet, Monet, Renoir e dos pós-impressionistas Van Gogh e Matisse.

Uma pintura em cada janela
A própria silhueta de Paris tem um ar idílico, como se pudéssemos ver uma pintura em cada janela. Construída para a Exposição Universal de 1889 a Torre Eiffel domina a paisagem e é um símbolo amado da cidade, apesar de muito criticada durante a construção.


A vista da Catedral de Notre-Dame. Foto: DR

Erguida na Ilha da Cidade, em pleno rio Sena, a Notre-Dame é a obra-prima do gótico. Com as suas gárgulas, baixos-relevos, e grandiosas rosáceas decoradas com vitrais, esta catedral esteve para ser demolida antes de Vítor Hugo a imortalizar no romance "Nossa Senhora de Paris", mais conhecido por "O corcunda de Notre-Dame".

No perfil da capital francesa, também não passa despercebido o branco da Basílica de Sacré Cœur, em Montmartre, um memorial erguido aos mortos da guerra Franco-Prussiana. E no topo dos Champs Elysées, o arco monumental que não deixa o mundo esquecer o triunfo de Napoleão.

O lendário imperador da França está sepultado no Palácio dos Inválidos, um edifício criado para alojar os soldados feridos do século XVII, imponente como o homem que o mandou construir: Luís XIV, o "Rei Sol".

O exagerado "Rei Sol"
Nos subúrbios de Paris, o Palácio de Versalhes foi a residência oficial do "Rei Sol" e dos sucessores Luís XV e Luís XVI e da sua esposa, a Rainha Maria Antonieta, cujo reinado de luxo e opulência chegou ao fim com a Revolução Francesa.

Da galeria dos espelhos, à Capela Real, passando por 700 quartos e 700 hectares ajardinados, Versalhes é um dos maiores palácios do mundo, um retrato dos exageros do "Rei Sol" a quem, não fosse o seu historial de opressão ao povo francês, tínhamos de agradecer a grandiosidade da obra.

Por falar em grandes conquistas, não se esqueça de que Paris é o paraíso da boa comida, mas, se lhe apetecer uma baguete tipicamente francesa, pergunte pelo António Teixeira (ou simplesmente procure a padaria Aux Délices Du Palais). O lusodescendente venceu este ano o "Grande Prémio para a Melhor Baguete" de Paris.

Este Verão, a Renascença deu-lhe a conhecer 14 destinos de férias em Portugal e no mundo. Espreite os destinos sobre os quais escrevemos