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Caso Maddie. Gonçalo Amaral tem dez dias para arranjar novo advogado

16 jun, 2014

Ex-inspector da PJ é acusado de difamação. O casal McCann pede uma indemnização de 1,2 milhões de euros.

Gonçalo Amaral tem dez dias para contratar um novo advogado. A decisão da juíza da 1ª Vara do Tribunal Cível de Lisboa surge após o antigo inspector da PJ ter dispensado o seu defensor, o que impediu que fossem proferidas as alegações finais como estava previsto.

A sessão desta segunda-feira do julgamento, que decorre no Palácio de Justiça, serviu apenas para a juíza Emília Melo e Castro marcar novas datas. No seguimento da nova marcação de audiências, no dia 8 haverá declarações das partes e alegações finais da advogada do casal inglês McCann e a sessão do dia 10 estará reservada para as alegações finais de Gonçalo Amaral.

Em causa está o julgamento do processo em que os pais de Madeleine McCann pedem uma indemnização de 1,2 milhões de euros, por difamação, ao ex-inspector da PJ.

As audiências do julgamento encontravam-se suspensas desde Outubro do ano passado, para que o casal McCann chegassem a acordo extrajudicial com Gonçalo Amaral. Como não existiu um acordo, num caso que motivou já o pedido de arresto de bens a Gonçalo Amaral como medida cautelar, foi marcado o reatamento das sessões.

Nesta acção, o casal McCann, que considera que foram violados direitos, liberdades e garantias da família, pede uma indemnização de 1,2 milhões de euros ao inspector da PJ que investigou o desaparecimento de Madeleine, ocorrido a 3 de Maio de 2007.

No livro "Maddie: A Verdade da Mentira", da autoria de Gonçalo Amaral, o ex-coordenador do Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Portimão defende o envolvimento de Kate e Gerry McCann no desaparecimento da criança e na ocultação de cadáver.