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Corte nas bolsas de investigação não ajudam ao "desenvolvimento do país"

21 jan, 2014

Bolseiros de investigação concentram-se à porta da Fundação para Ciência e Tecnologia em protesto contra o corte nas bolsas atribuídas aos alunos de doutoramento e pós-doutoramento.

Em dia de protesto, o responsável da Associação de Bolseiros de Investigação Científica, Tiago Lapa, diz que, com o corte nas bolsas, os investigadores não podem contribuir para o desenvolvimento do país.

Os bolseiros concentram-se esta tarde à porta da Fundação para Ciência e Tecnologia (FCT), em protesto contra o corte nas bolsas atribuídas aos alunos de doutoramento e pós-doutoramento que fazem investigação científica em Portugal. A taxa de aprovação é agora de 10% no que toca a bolsas individuais.

“Para além de este concurso ter deitado ou deixado de lado milhares dos mais qualificados quadros deste país, que ficam sem sustento, que são obrigados ou a deixar a ciência ou a emigrar, significa que as instituições de desenvolvimento em Portugal ficam sem parte dos seus quadros e que não há uma continuidade, uma política científica. Não há um contributo dos cientistas nacionais para o tal desenvolvimento económico, social e cultural do país”, defende Tiago Lapa.

O secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Pedro Gonçalves, defendeu esta terça-feira, em Paris, que os jovens mais qualificados devem sair do país "por livre vontade, não devem ter necessidade de o fazer".

"Portugal deve permanecer atento e trabalhar para reter e ter capacidade de oferecer oportunidades, ou seja, as pessoas devem ter mobilidade e desemprenhar funções quanto mais competentes e de maior destaque no mundo inteiro - hoje a economia é cada vez mais globalizada -, mas devem-no fazer por livre vontade, não devem ter necessidade de o fazer", disse aos jornalistas o secretário de Estado.

Pedro Gonçalves e José Carlos Gonçalves, presidente da Associação Portugal Outsourcing, apresentaram na embaixada de Portugal em França os pontos mais relevantes de Portugal como um país de oportunidades de investimento.