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Primeiro-ministro apupado em Coimbra

28 dez, 2012

Numa visita ao Museu Machado de Castro, o primeiro-ministro foi recebido por uma pequena manifestação de protesto organizada pela CGTP.

Primeiro-ministro apupado em Coimbra
Pedro Passos Coelho foi recebido esta sexta-feira em Coimbra por algumas dezenas de descontentes. O primeiro-ministro estava de visita ao Museu Machado de Castro, recém-reaberto após vários anos de obras de requalificação, e tinha à espera uma pequena manifestação de protesto organizada pela CGTP.

O protesto foi ruidoso, mantido à distância pela PSP, mas bem visível. O primeiro-ministro olhou, acenou aos manifestantes, mas não parou.

"Não esperávamos que ele nos dissesse adeus e nos acenasse com a mão. Esperamos é que ele mude de política e que vá embora e deixe que outro Governo dê rumo a Portugal", afirmou o coordenador da União dos Sindicatos do Distrito de Coimbra.

"Portugal tem alternativas à austeridade, tem alternativas ao desemprego, ao memorando de agressão que está a ser aplicado. Estamos aqui para dizer basta", declarou o sindicalista.

Passos Coelho não é estranho aos apupos e aos protestos, tendo este ano já sido alvo de várias vaias e assobios um pouco por todo o país. No início deste mês, estudantes universitários exibiram uma tarja pedindo a demissão do primeiro-ministro, enquanto este discursava na abertura de um seminário internacional na reitoria da Universidade Nova de Lisboa.

Em Setembro, Passos Coelho foi vaiado à saída de um encontro que manteve com empresários no Estoril. O protesto foi dirigido ao primeiro-ministro por vários jovens que lhe perguntaram pelos dias que aí vêm. Noutro episódio, o governante foi assobiado e insultado por um aluno à chegada para uma homenagem a Adriano Moreira no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.

Lisboa assobiou Passos Coelho na Feira do Livro e o Porto também não perdeu a oportunidade quando o primeiro-ministro marcou presença na comemoração do centenário da Universidade do Porto.

Gouveia, Figueira da Foz, Borba, Cantanhede e Manta Rota foram outros locais onde Passos foi confrontado com apupos e manifestações de protesto contra as medidas de austeridade.