03 ago, 2017 - 18:30 • Rui Barros , Inês Braga Sampaio
Prólogo - 4 de Agosto | Lisboa >>> Lisboa 5,4 km
A capital apadrinha os 90 anos da Volta, com um percurso curto alinhado com o Rio Tejo. Um dia de festa e grande velocidade na discussão pelo primeiro pódio da Grandíssima.
1ª Etapa- 5 de Agosto | Vila Franca de Xira >>> Setúbal - 203 km
A primeira etapa é logo das mais longas. Ainda que a tirada seja maioritariamente plana, a Serra da Arrábida promete fracturar o pelotão e efectuar a primeira “triagem” da Volta.
A etapa mais longa devolve a maior prova do ciclismo nacional ao Alentejo profundo. Um percurso árduo e acidentado, em que as altas temperaturas serão o maior inimigo dos corredores, especialmente na travessia da Serra de Rodão.
O “sprint” final, em Castelo Branco, é garantia de espectáculo.
3ª Etapa- 7 de Agosto | Figueira de Castelo Rodrigo >>> Bragança - 162,7 km
Poucas etapas serão mais duras do que a terceira.
Do Douro a Trás-Os-Montes, as dificuldades farão sentir-se logo no primeiro terço, com a passagem em Vila Nova de Foz Côa e Torre de Moncorvo. Contudo, a grande “ameaça” para os ciclistas é mesmo o terreno brigantino, com o Castelo Medieval de Bragança elevado na paisagem.
Pode ficar aqui definido o grupo de favoritos à vitória final. No ano passado, Rui Vinhas “agarrou” a camisola nesta etapa e não mais a largou.
Chega a Senhora da Graça, etapa mítica da Volta a Portugal, introduzida há quase 40 anos, em 1978. É expectável ver, nesta primeira etapa de verdadeira montanha, o primeiro grande confronto de favoritos. Apesar da extensão relativamente curta, promete ser dura, muito dura. Reza a História que nenhum aspirante à “amarela” sobrevive a uma má prestação na Senhora da Graça.
A etapa dos valentes e das fugas. O Gerês torna-a mais dura, juntamente com a subida no Santuário de Santa Luzia. A fadiga não ajudará os ciclistas, pelo que, apesar dos ataques que se prevêem, a vitória deverá ser discutida entre os principais candidatos.
Antes do dia de descanso, a novidade de 2016: o troço de terra do Rali de Portugal. O Salto da Pedra Sentada, proporcionará de novo grande espectáculo.
Além do velocipedismo sobre solo pouco usual, a etapa conta com a difícil passagem no Monte do Viso, um Prémio de Montanha de 1.ª categoria, a cerca de 50 quilómetros da meta. Uma etapa de grande exigência física e anímica, com altos e baixos desenhados para testar os melhores ciclistas da Volta.
Percurso sinuoso, com uma segunda metade ardilosa. No Monte Córdova, os ciclistas terão de superar um Prémio de Montanha de 2.ª categoria, tarefa dificultada pelo dia de descanso, a que nem sempre o corpo dos ciclistas reage da melhor forma.
8ª Etapa- 13 de Agosto | Gondomar >>> Oliveira de Azeméis - 159,8 km
Da Cidade Europeia do Desporto 2017 a Oliveira de Azeméis, palmilham-se menos quilómetros que o habitual. Desengane-se quem pense que a etapa será fácil, contudo, já que as contagens de Montanha são muitas e para se ter sucesso na íngreme chegada à meta não basta ser “sprinter”.
Última etapa em linha e derradeira oportunidade para atacar a liderança coincide com a etapa-rainha.
Da Lousã, partem 185 quilómetros que, embora não cheguem ao Alto da Torre, passam por lá e promete fraccionar o pelotão. Nessa subida a Seia, com o único Prémio de Montanha de categoria Especial, poderá assistir-se ao que promete ser o maior espectáculo da Volta. Uma etapa talhada para os montanhistas, como o público mais gosta, que pedirá aos favoritos que mostrem a sua valia na chegada à Guarda, a cidade mais alta de Portugal.
O contra-relógio de Viseu, com 20,1 quilómetros, vai definir as contas finais. Os grandes contra-relogistas terão, aqui, oportunidade de arrecadar prémio tardio. Já os menos capacitados na especialidade terão de se empenhar para não perderem terreno na discussão pela vitória final. Viseu será, decerto, o cenário perfeito para a coroação do grande vencedor da Volta a Portugal.
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