Área ardida em Pedrógão Grande já equivale a quatro cidades de Lisboa

21 jun, 2017 - 18:53 • Rui Barros

O incêndio de Pedrógão consumiu, em média, 10 mil hectares por dia. Os dados do Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais mostram como o incêndio cresceu ao longo de quatro dias.

A+ / A-

Recarregue a página para ver de novo

A área ardida no incêndio de Pedrógão Grande é já de 410 quilómetros quadrados e já equivale a quatro vezes a área de Lisboa, dez vezes a da cidade do Porto e metade da área total da Região Autónoma da Madeira.

Os dados, recolhidos pelo Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais (EFFIS), mostram que o 11.º incêndio que mais pessoas matou desde 1900 é também o que mais área consumiu desde que há registo em Portugal. Segundo o organismo que contabiliza quase em tempo real a área ardida, o incêndio terá consumido, em média, 10 mil hectares por dia.

O EFFIS, baseado no sistema de satélites europeu Copernicus, é uma das ferramentas que a Comissão Europeia disponibilizou no auxílio ao Estado português no combate ao incêndio que matou 64 pessoas, feriu mais de 200 e fez mais de 150 desalojados.

Uma análise às imagens disponibilizadas pelo mecanismo europeu permite-nos observar a evolução da mancha ardida do incêndio que começou na aldeia de Pedrógão Grande, no sábado, e que alastrou aos concelhos de Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Alvaiázere, Penela. Na terça-feira, todas as atenções se voltaram para o município de Góis quando uma frente com 58 quilómetros de fogo contínuo obrigou 40 aldeias a serem evacuadas.

O 11.º incêndio mais mortal do mundo em mais de um século já atingiu cinco concelhos.

A nível europeu, o fogo de Pedrógão Grande é já o terceiro com maior número de vítimas, sendo apenas ultrapassado pelos incêndios na Grécia, no Verão de 2007, quando morreram 68 pessoas, e pelos fogos na região de Aquitânia, em França, em 1949. Morreram então 80 pessoas.

Às 16h00 de quarta-feira, a Protecção Civil deu o incêndio de Pedrógão Grande como dominado.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Margarida
    25 jun, 2017 Odivelas 16:49
    Boa tarde, não é um comentário ,mas sim uma pergunta! Onde se encontram alojadas as 150 pessoas que ficaram sem casa depois do incendeio em Pedrogão Grande? Obrigada
  • tenor
    21 jun, 2017 mil homens 21:14
    Pensei que fosse mais. Se não houvesse mortes, nem se falava nisto. MAS NINGUÉM MORRE DE VÉSPERA. Vá lá, vá lá, podia ser bem pior, mas eu não estava lá ! Uma coisa é certa, os que morreram , já não pagam impostos, nem taxas a estas QUADRILHAS QUE NOS ESFOLAM e que andam a chorar com muita peninha dos que morreram.
  • Pedro
    21 jun, 2017 Porto 20:52
    Para quem tem consciência é de ficar com a alma em sangue....mas infelizmente a maioria não entende estas palavras nem quer saber é uma tristeza....ainda corro o risco de me chamarem isto e aquilo.....

Destaques V+