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Veja como vai ficar o Palácio Nacional da Ajuda depois das obras

16 mar, 2018 - 15:02 • João Cunha

Obras de 21 milhões de euros já começaram e deverão estar concluídas no primeiro trimestre de 2020. Projeto foi apresentado esta sexta-feira.

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O projeto de conclusão do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, foi apresentado esta sexta-feira, que vai receber a exposição permanente do Tesouro Real.

As obras já começaram em fevereiro e deverão estar concluídas no primeiro trimestre de 2020. Ao todo, vão ser aplicados 21 milhões de euros, quando numa fase inicial, o projeto rondava os 15 milhões.

O aumento de seis milhões é justificado com a reformulação do projeto. Foram adicionadas infraestruturas e apostou-se, ainda mais, na segurança, não tivesse o Tesouro Real um valor incalculável.

Ao todo, os 21 milhões de euros são para terminar o que o ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, disse ser um projeto “amaldiçoado” que ficou por concluir há cerca de 200 anos.

“Dizia-se que este Palácio da Ajuda jamais seria terminado por causa da maldição do arquiteto. Nós vamos superar a maldição do arquiteto por que temos um bom arquiteto e há uma vontade política do Governo e da Câmara de Lisboa, que entenderam juntar esforços”, declarou o governante.

Dos 21 milhões de euros que vão ser aplicados nas obras, cinco milhões são provenientes do Turismo de Lisboa e quatro vêm do Ministério da Cultura.

Castro Mendes explica que a verba é oriunda do seguro que foi entregue ao Estado pelo roubo de joias da coroa portuguesa, na Holanda.

A Câmara de Lisboa apoia o projeto com 12 milhões de euros. O autarca Fernando Medina destaca o facto de a verba ser proveniente das receitas do turismo.

“É o primeiro projeto que tem financiamento do fundo de desenvolvimento turístico da cidade, das receitas provenientes do turismo. Tem este caráter emblemático por isso. Este projeto também se realiza porque o turismo, as receitas do turismo e as decisões políticas de criação deste fundo permitem financiar este projeto”, refere Fernando Medina.

No caso da Câmara de Lisboa, entre outras participações, a reconversão da calçada da Ajuda, para a qual dá a fachada poente do Palácio, que será finalmente concluída.

No terceiro andar, uma caixa forte irá expor o valioso Tesouro Real, que inclui as Joias da Coroa e do Tesouro de Ourivesaria.

Comentários
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  • José Da Costa
    06 out, 2018 Bournemouth 14:43
    Qualquer coisa que se faça é sempre criticada, não batam make no ceguinho. Gasta-se tango dinheiro mal gasto e todo o que se gasta em obras culturais é sempre bom.
  • Afonso Atayde e Melo
    19 mar, 2018 Lisboa 10:31
    Finalmente! Parabéns aos estadistas que viabilizaram o inicio da obra. Qualquer apontamento negativo não deve obstar ao projeto ser iniciado. O terrível da situação atual é produto de uma falta de visão de conjunto para a Zona de Belém, pois a exposição do Tesouro Real será mais um fator de interesse para o Turista que assim pode ser desviado dos Jerónimos e respetiva zona, hoje objeto de uma concentração exagerada de visitantes ao mesmo tempo. O que se fizer será sempre passível de uma crítica, mas é preferível uma situação menos ótima, se o for a atual, do que a situação hoje vivida, pelo péssima que é.
  • Arícia Alberty
    17 mar, 2018 Cascais 11:03
    A soluçaõ arquitectónica está muito longe de ser feliz, em minha opinião. Não conheço o meu colega autor do projecto e nada tenho pois contra ele. Pessoalmente teria recorrido a uma solução ou mais clássica ou e de preferência ,a uma solução arquitectónica actual muito serena. A solução encontrada e que irá ser executada, peca, quanto a mim, por excesso de movimento num edifício cuja arquitectura clássica transmite uma sensação de serenidade. E ainda, esclareça-se o público, não se irá CONCLUIR este palácio como se afirma. O EXISTENTE CORRESPONDE A CÊRCA DE UM TERÇO DO EDIFÍCIO QUE ESTAVA PROJECTADO.

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