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Seca. Governo aumenta camiões-cisterna na ajuda à região de Viseu

18 nov, 2017 - 18:02

Aos 51 camiões já no terreno, vão ser acrescentados mais 45 a partir deste domingo, diz João Matos Fernandes.

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O Governo vai enviar mais 45 camiões-cisterna diariamente para descarregar água bruta na Albufeira de Fagilde, somando-se aos 51 já existentes, para enfrentar a seca que atinge quatro concelhos do distrito de Viseu, anunciou o ministro do Ambiente.

"Neste momento, já temos no terreno 51 camiões-cisterna a transportar água tratada, proveniente de outras estações de tratamento de água que se encontram a norte e a sul deste território. Porque sentimos que temos de ir além desta operação, em conjunto com a ANPC [Autoridade Nacional de Protecção Civil], conseguimos ter aqui 45 camiões para passar a transportar água bruta", revelou João Matos Fernandes.

No final de uma reunião que decorreu esta tarde em Mangualde, o representante do governo explicou que esta operação arranca às 7h00 de domingo, depois de durante o dia de hoje terem sido feitos alguns testes.

"A água vai ser tirada da Albufeira da Aguieira, que tem uma capacidade muito maior, e trazida directamente para a Albufeira de Fagilde. Essa água é depois tratada na própria ETA de Fagilde e entra nos sistemas para poder abastecer estes quatro concelhos", explicou.

De acordo com o ministro do Ambiente, este transporte será assegurado por camiões-cisterna de corporações de bombeiros de oito distritos do país, que já partiram dos seus locais de origem carregados com água.

A seca que tem atingido os concelhos de Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Viseu já tinha obrigado a que o Governo tomasse algumas medidas, entre as quais o transporte de água tratada em 51 camiões cisterna por dia.

"Em água tratada estamos a falar de aproximadamente 5 mil metros cúbicos (m3)", informou.

Para tal, tinha sido anunciada uma verba de 250 mil euros, para que os quatro municípios pudessem fazer face às despesas relacionadas com o transporte de água. Posteriormente, o Governo disponibilizou mais 250 mil euros para apoiar uma iniciativa da Águas de Portugal, que veio reforçar o transporte diário, em camiões-cisterna.

O reforço de transporte de água bruta hoje anunciado, deverá injectar directamente na Albufeira de Fagilde cerca de "quatro mil m3" por dia.

"Não temos dúvida de que o compromisso que o governo assumiu no Verão, de que a água não faltaria nas torneiras dos portugueses, vai ser honrado e cumprido", sublinhou.

No entanto, deixou o apelo para que todos os portugueses poupem água, "consumindo a menor quantidade possível, agora e no futuro que é sempre incerto".

Comentários
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  • sao
    19 nov, 2017 lisboa 15:58
    Nunca visto nesta dimensão em Portugal. Falta de visão e previsão dos diferentes governos .Sabe-se que a tendência Planet´ria é a população viver na quase sua totalidade nas cidades e não ambiente rural ou periférico.Remediar apressadamente é prioritário.A luta contra a desertificação do interior é uma guerra perdida,reconhecida por todos os Países.Em Portugal luta-se contra o inevitável ,o crescimentos das grandes áreas metropolitanas é já o presente e será o Futuro,preparem-se para a nova realidade e deixem-se de lutas irrealistas.
  • Filipe
    18 nov, 2017 évora 22:48
    Eu chamo isto uma Brutal E Descomunal Estupidez da classe política , sem formação alguma dita estas afazeres . Vejamos , camiões cisternas seguidos com uma mangueira de incêndio a entornarem água para a barragem . Bom , logo aqui em 1000 litros entornados , vão - se perder por evaporação e absorção da terra , cerca de 200 litros . Era um serviço louvável se estes camiões fossem fazer o reforço de água diretamente nos depósitos de água se já tratada ou se não tratada , reforçassem a estação de tratamento diretamente , interrompendo a sucção de água pouca que reta da barragem . Entretanto , geólogos Catedráticos das Universidades que usufruem cerca de 5000 euros por mês de vencimento , teriam tempo suficiente para irem fazer nos arredores da barragem uma prospeção para abrirem por lá um ou dois furos , com o fim de trazer água do subsolo para dentro da barragem através de bombas e grupos de alta potência . Finda a seca um dia , tapavam os furos ou os deixariam prontos para uma emergência novamente . O que estão a fazer é atirar lama para a cara do povo , não chega !!!!
  • Filipe
    18 nov, 2017 évora 18:16
    Eu vi ! Uma grande demência monumental ! Então é com uma mangueira daquela que enchem barragens ? E que tal uma prospeção no perímetro da barragem e abrirem um ou dois furos e bombearem a água de baixo para cima ? ... espero que não se morra em Portugal à sede no Verão que se aproxima !

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