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Interpol procura empresário português

23 mar, 2017 - 22:47

Mandado de detenção por Bernardo Moniz da Maia foi pedido pelas autoridades brasileiras.

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A Interpol emitiu um mandado de detenção internacional para encontrar o empresário português Bernardo Ernesto Simões da Maia a pedido das autoridades brasileiras, por suspeitas de associação criminosa, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.

A página da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) na internet indica que Bernardo, de 55 anos, é "procurado pelas autoridades brasileiras para julgamento/cumprir uma sentença" pelos crimes de peculato, associação criminosa, corrupção, desvio e lavagem de dinheiro.

A 3 de Junho de 2016, como a agência Lusa noticiou, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informava que o presidente do grupo económico multinacional português Yser estava foragido à justiça devido a suspeitas de desvio de recursos públicos levado a cabo no estado brasileiro de Minas Gerais.

O MPMG explicava também que outro português, Hugo Alexandre Timóteo Murcho, director no Brasil da multinacional portuguesa Yser e da empresa Biotev Biotecnologia Vegetal Ltda, tinha sido detido por um período de cinco dias.

Ainda nessa ocasião, cinco brasileiros foram igualmente detidos temporariamente, incluindo Nárcio Rodrigues da Silveira, ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais.

A Polícia Federal foi accionada no Verão do ano passado para descobrir se Bernardo Moniz da Maia continuava no Brasil.

Alguns órgãos de comunicação social brasileiros noticiaram à data que uma auditoria revelou que os valores desviados entre 2012 e 2014 superam 14 milhões de reais (3,5 milhões de euros), os quais deveriam ter como destino a construção e projectos da "Cidade das Águas", desenvolvida pela Fundação Hidroex.

Segundo o MPMG, no âmbito da operação Aequalis, foram também cumpridos 27 mandados de busca e apreensão.

"O objectivo da operação foi colher elementos de prova sobre a prática dos crimes de peculato, corrupção activa e passiva, fraude a licitações, lavagem de dinheiro e organização criminosa", informou, na ocasião, o MPMG.

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