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​Substituir cantinas sociais por cabazes de alimentos “é um bom passo”

24 jan, 2017 - 12:15

Beneficiários vão receber cabazes com carne, peixe e legumes congelados. O objectivo é cobrir as suas necessidades nutricionais diárias em 50%.

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O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) diz ser "um bom passo" a medida do Governo que prevê a distribuição de cabazes de alimentos às famílias pessoas necessitadas. A ideia pretende substituir as cantinas sociais.

Em entrevista à Renascença, Lino Maia lembra que as cantinas "surgiram num contexto muito especial e, logo à partida, previa-se que eram para um determinado tempo".

O presidente da CNIS refere que as cantinas sociais continuarão a existir "para quem não pode ou não tem condições para fazer a refeição" e que haverá "um grande trabalho de proximidade para que, atempadamente, cheguem alimentos às pessoas".

Este cabaz foi "bastante bem estudado" e será feito de acordo "com as necessidades" de cada um.

A distribuição de alimentos vai ser feita através do Fundo Europeu de Auxílio às Pessoas Mais Carenciadas (FEAC) e irá beneficiar cerca de 60 mil pessoas.

Os beneficiários vão receber cabazes alimentares, que integram na sua composição carne, peixe e legumes congelados, com o objectivo de cobrir as suas necessidades nutricionais diárias em 50%.

Um relatório de avaliação das cantinas sociais, do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, divulgado esta terça-feira, aponta que mais de 90% dos beneficiários consumiram menos de duas refeições por dia nestes refeitórios e 72% levaram a refeição para consumir em casa.

Para os autores do estudo, as características dos beneficiários "não parecem justificar uma resposta de apoio alimentar centrada exclusivamente no fornecimento de refeições confeccionadas".

"O custo decorrente do modelo em que assenta a medida (exclusivamente refeições confeccionadas) pode ser injustificado atendendo ao que parecem ser as necessidades da população que beneficiou da medida", refere o estudo.

O documento admite ainda que "este custo possa ser reduzido, beneficiando idêntico número de pessoas, se se optar por um modelo centrado na distribuição de alimentos, com custos ‘per capita’ mais reduzidos".

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