23 nov, 2017
A única coisa que se pedia ao Benfica na jornada de ontem da Liga dos Campeões é que tivesse ousadia e qualidade suficientes para retocar a desastrada imagem deixada antes nos quatro jogos disputados na fase de grupos.
Após o sorteio, os encarnados haviam entrado na liça com prognóstico favorável, supondo-se que apenas o Manchester United lhes tornaria o voo mais altaneiro. O resto, CSKA e Basileia, seriam adversários pouco temíveis e condenados a ficar para trás.
Afinal, aconteceu tudo o contrário. E, deste modo, a uma jornada do fim, o Benfica está atirado borda fora, e arrastando consigo um palmarés que só pode ser considerado como vergonhoso. Olhando à sua história e ao prestígio alcançado no mundo ao longo de muitos anos, o clube da águia nada tem para apresentar, quando estamos a uma jornada do fim.
Cinco jogos, outras tantas derrotas, doze golos sofridos, apenas um golo marcado, e três auto-golos é tudo quanto de uma lista negra que os seus cabouqueiros –treinador e jogadores-, ajudaram a construir.
E, em bora verdade, não há desculpas. Pelo contrário, há culpados. Que se encontram sem dificuldade: a má programação da temporada, com vendas para além do aceitável, aquisições pouco ou mesmo nada relevantes, o apagão incompreensível de algumas vedetas do ano anterior, e opções muito discutíveis na construção de uma equipa que o treinador ainda não foi capaz de acertar.
Dizer que fica agora mais espaço para as provas nacionais é muito curto. Veremos como um grupo feito em fanicos vai ser capaz de as enfrentar.
Entretanto, para os leões de Alvalade vai o brinde da noite. Mesmo sem terem realizado uma exibição para a história, deixam um rasto de qualidade que mantém a sua imagem de marca.
Resta um jogo para se saber como será o seu futuro imediato na UEFA. Para já, uma certeza: o comboio não vai parar e, ou na Champions ou na Liga Europa, vamos continuar a ver uma equipa com qualidade, capaz de arrebatar o entusiasmo dos adeptos do futebol.