03 nov, 2017 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)
O mais significativo é a evolução no espaço de pouco mais de uma década: de pouco mais de metade (56,5%) em 2005 para mais de três quartos (75,9%) em 2016.
O mesmo aconteceu em relação ao número de homens que receberam subsídio por licença parental facultativa de uso exclusivo do pai. E há também uma contínua adesão dos pais trabalhadores à partilha de licença parental: de 0,5% em 2005 para quase 35% no ano passado.
São sinais de uma lenta mudança na repartiçao de tarefas entre géneros.
A verdade é que as mulheres continuam a ter a seu cargo a maior parte do tempo de trabalho doméstico e de prestação de cuidados. Seja aos filhos, seja a adultos dependentes. Mais uma hora e 40 minutos em relação aos homens. Mas se elas trabalham mais em casa, eles trabalham mais no emprego. Mas a diferença nem é assim tanta. 27 minutos, menos de meia-hora é o tempo médio que os homens passam a mais no local de trabalho remunerado.
Ou seja, em média, o dia de uma mulher - entre emprego e tarefas domésticas - é uma hora e 13 minutos mais longo do que o de um homem.