Incêndios em Portugal mataram quase tanto em quatro meses como nos anteriores 17 anos

18 out, 2017 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)

A comissão técnica independente que analisou as causas e consequências de Pedrógão Grande revela que os incêndios mataram 165 pessoas, entre 1 de Janeiro de 2000 e 31 de Dezembro de 2016. Só nos últimos quatro meses, morreram mais de 100. E a contagem de vítimas pode ainda não estar concluída.

Hoje, o Mundo em Três Dimensões percorre os sons das últimas horas, cruzando-os com os números conhecidos de uma tragédia que este ano atingiu proporções nunca vistas em Portugal.

Em cerca de quatro meses - entre 17 de Junho e 15 de Outubro - mais de 100 pessoas morreram nos incêndios.

É quase tanto como o número total de vítimas contabilizado entre 1 de Janeiro de 2000 e 31 de Dezembro de 2016.

O sistema português de vigilância florestal, contabiliza pelo menos 225 mil hectares de área ardida. Metade do território florestal consumido pelas chamas em toda a União Europeia este ano. Cerca de quatro vezes mais do que em Espanha. Que é seis vezes maior do que Portugal.

54 mil hectares desapareceram no pior dia do ano em número de incêndios. 523 ocorrências.

Quatro meses depois, como explicar a repetição de uma tragédia destes dimensões? Até quando?

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albano
19 out, 2017 lisboa 17:17
O atual problema tem origem de quando da adesão á UE a extinção da agricultura não tivesse sido substituída por uma florestação responsável e portanto com um boa aplicação dos fundos da CEE.Permitiu o estado a criação de uma bomba relógio que agora está a deflagrar. É preciso olhar para o que temos em termos florestais ,criar corredores de x em x áreas e pensar o que fazer dos terrenos ardidos,florestar com critérios,zonas verdes e de lazer etc.A rentabilidade se colocarem determinadas espécies será nula e dará poucos euros ao fim de três gerações.Os PDM permitiram a construção em zonas altamente florestadas e agora ficam á mercê dos incêndios,culpados?Os incêndios são 99% provocados por um conjunto de interesses e até rebeldia contra o estado e espero que esta mesma rebeldia não se estenda ás cidades.Agora ardem florestas no futuro implodirão casas em meios urbanos?