22 set, 2017 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)
Nos primeiros seis meses do ano, portugueses apostaram mais em jogos sociais do que o total investido pelo Estado em contratos de obras públicas.
1,5 mil milhões em jogos contra 1,1 mil milhões em obras públicas. E aquilo que gastámos em jogos sociais nos primeiros seis meses de 2017 ultrapassa em 150 milhões o volume de apostas no mesmo período do ano passado.
Raspadinhas, Euromilhões e Placard são, por esta ordem, os jogos que mais contribuem para esta facturação: 1,3 mil milhões de euros. Os restantes 200 milhões distribuem-se pelas lotarias, Totoloto, Totobola, Joker e Milhão.
Se o top 3 das preferências dos portugueses soma pouco mais de 1,3 mil milhões, isso significa que já apostámos este ano, em seis meses, o mesmo que a soma total das apostas no primeiro semestre de 2016.
E porquê? O segredo parece estar no sucesso meteórico de algumas das modalidades de jogo: de 2013 a 2017, o valor das apostas em Raspadinhas aumentou mais de 400 milhões de euros.
E entre 2016 e 2017, o volume semestral de apostas no Placard disparou próximo dos 60 milhões. O único jogo social em queda é o Euromilhões, ainda assim à frente do Placard.
Quanto ao valor dos prémios, há uma subida em termos globais: 346 milhões de euros foi o total dos montantes distribuidos pelos beneficiários dos jogos sociais, entre Janeiro e Junho deste ano.
Mais nove milhões do que no mesmo periodo do ano passado. Mais 56 milhões do que no primeiro semestre de 2015.