15 set, 2017
Costuma dizer-se com toda a propriedade que o óptimo é inimigo do bom. E é verdade.
Adaptando o princípio ao caso da jornada europeia de ontem à noite, a primeira da Liga Europa, ficaram nesse patamar as duas mais representativas equipas da região minhota, o Sporting de Braga e o Vitória de Guimarães.
É verdade que no que respeita aos bracarenses tudo correu no melhor dos mundos: arrancar uma vitória em território germânico, representou ter dado um passo muito importante na rota que pode levar à fase eliminatória da competição.
Já no que tem a ver com o seu vizinho vimaranense, nem tudo correu assim tão bem.
É verdade que um empate não é de todo frustrante, ainda que consentido no seu próprio terreno, mas poderia ter sido mais eficaz o desempenho da equipa.
É cedo para retirar conclusões do que pode vir a ser no futuro imediato o comportamento das duas equipas portuguesas presentes na Liga Europa.
No entanto, pode afirmar-se com toda a segurança, e face ao conhecimento que fica dos demais participantes nos respectivos grupos, que há bons motivos para imaginar um percurso de sucesso.
Uma nota especial que fica da jornada inaugural da Liga Europa vai para o português André Silva, esta temporada transferido do Futebol Clube do Porto para o ACMilan.
Sabia-se que a aposta do jovem ponta de lança envolvia riscos: trata-se de um jovem ainda há pouco tempo lançado na ribalta do futebol, e escolher a lendária colectividade italiana não era de somenos.
Depois de algumas dúvidas levantadas após os primeiros desafios com camisola rossoneri, André Silva rubricou ontem uma exibição de grande qualidade que coroou com a obtenção de três, um hat-trick a suceder ao último alcançado pelo brasileiro Káká no distante ano de 2006 com a mesma camisola.
Um aceno especial, pois, para André Silva de quem todos nós esperamos muito, especialmente ao serviço da selecção das quinas, num tempo em que o Mundial de 2018 é o seu primeiro e principal objectivo.